Extremamente delicioso o Globo Repórter do último vinte e dois, última sexta-feira (TV Globo, às sextas-feiras, após “Pantanal”). O assunto bem brasileiro sobre as festas juninas no Nordeste, especialmente a de São João, comandado pelas apresentadoras Glória Maria e Sandra Annemberg, com repórteres das filiadas da TV Globo.
A parte central do televisivo foi uma entrevista com o cantor e compositor, o glorioso Gilberto Gil (que está completando oitenta anos de idade) contando como eram as comemorações da festa do santo em sua infância em Salvador, Bahia e em estados que mais comemoram essa festa religiosa, como Campina Grande (Paraíba) e Caruaru (Pernambuco). As preparações, o ensaio das bandinhas, das fantasias, a culinária típica (milho, muito milho em terras baianas), o ensaio das quadrilhas (as moças com cabelos presos para trás parecendo as meninas do “ballet” internacional), e os “shows” com artistas típicos da região com música popular brasileira das autênticas. Há uma grande expectativa na realização de tais festas depois de dois anos de ausência por causa da pandemia.
Imaginem o prejuízo cultural, social e econômico da não realização destes eventos que proporcionam milhões e milhões de reais para os estados nordestinos, que sabemos são os mais necessitados.
Sim, existe uma “alma” em tudo isso. Sim (novamente!) é Luiz Gonzaga, o eterno “rei do baião”, um dos maiores artistas brasileiros do século vinte e que atravessa o (século) vinte e um. Luiz Gonzaga como todos sabem! (ou deveriam saber) é a personificação daquele lado do Brasil, criador do ritmo do baião, que é um gênero bem (mas bem) rico em melodia e letra que o xote ou forró (como os sulistas, ou melhor, os apresentadores televisivos adotaram em lugar do “baião”). O ritmo do Nordeste é o baião, e Luiz Gonzaga mostrou a canção nordestina ao resto do país.
Sem contar que sua criação “Asa Branca” é considerada uma das três mais emocionantes do Brasil. E na época de junho e também julho, Luiz Gonzaga se esbaldava com suas criações. Não havia tais festas sem o cancioneiro do chamado “Gonzagão”.
Aqui, no sudoeste, Santo Antônio, São Pedro e São João já foram mais manifestados principalmente nas décadas de 1940, 1950 e 1960. Começaram a sofrer descaracterização nas décadas seguintes, principalmente em relação as músicas, aos ritmos apresentados. Funk, reggae, rock e outros alienígenas não representam em nada tais manifestações. Nem o “sertanejo country” (o que é isso?). Se for assim é melhor nem realizá-los. Chega o carnaval (tão brasileiro) que já anda meio descaracterizado.
Mas que é gostoso participar de uma autêntica com fogueira, quadrilha, sanfona, cuscuz, curau, canjica, pé de moleque, vinho quente, quentão (sem muito álcool), uma noite fria (mas nem tanto!) e um céu aberto bem estrelado.
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