Desde sua inauguração há um ano o Ambulatório Pós-Covid já atendeu 262 pacientes, com 504 atendimentos realizados nas áreas de pneumologia, fisioterapia, nutricional e fornecimento de oxigênio medicinal, de acordo com o último levantamento realizado pela coordenação do serviço.
A duração do tratamento dá a exata extensão da gravidade da doença e das sérias limitações causadas pela contaminação. Dos 262 pacientes atendidos, 259 seguem em tratamento, uma terapia que exige paciência e disciplina dos que buscam completar a vitória contra a doença.
As idades dos que são atendidos também reforçam o que especialistas em saúde têm afirmado insistentemente. A Covid-19 não escolhe suas vítimas e, muito menos, estabelece padrões nas sequelas deixadas. A faixa etária dos pacientes do Ambulatório Municipal Pós-Covid vai de 19 a 91 anos, revelando muito mais que uma coincidência de inversões numéricas, mas confirmando que jovens também podem ter uma evolução severa da doença, inclusive com necessidade de internação e suporte respiratório.
“O principal objetivo do Ambulatório é reabilitar e minimizar os impactos sofridos pelo organismo em decorrência da Covid-19”, enfatiza a coordenadora do ambulatório, Vanessa Carrilho de Almeida Martins.
O serviço 100% SUS, além de reabilitar e devolver, gradativamente, a qualidade de vida aos pacientes, também se torna fundamental no aspecto financeiro.
A imprevisibilidade no período de tratamento das sequelas dessa nova doença é um dos maiores desafios enfrentados pelos profissionais, mas se considerarmos o tempo mínimo de um mês de uma terapia mais complexa, incluindo uma consulta e retorno com médico pneumologista, quatro sessões de fisioterapia e apenas consulta e avaliação de um nutricionista, o custo mensal na rede particular da cidade para o mesmo tratamento oferecido pelo Ambulatório Municipal Pós-Covid equivaleria a, aproximadamente, R$ 1.000,00 mensais.
“As sequelas aparecem principalmente devido ao uso de oxigênio e/ou ventilação mecânica nos pacientes que apresentaram as formas moderadas e graves da doença”, explica o pneumologista, Marcelo Nunes Cardoso.
O atendimento semanal do Ambulatório Pós-Covid funciona exclusivamente com o agendamento dos pacientes com o encaminhamento do Hospital Dr. Léo Orsi Bernardes que, semanalmente, envia ao serviço, uma relação com nomes de pessoas que estiveram internadas e que já aguardaram o período de isolamento necessário.
Mais de 20 mil pessoas vivem na linha da pobreza
Em Itapetininga, 20.814 pessoas vivem na linha da pobreza, ou seja, aquelas cuja renda per capita mensal familiar não ultrapassa o valor de R$ 706, metade de um salário mínimo,...