Nos bastidores da cena musical itapetiningana, onde talentos emergentes buscam seu espaço, uma jovem e promissora cantora, pronta para conquistar os corações dos ouvintes com sua voz cativante e uma paixão inabalável pela música conta sobre seus primeiros passos. Celi Terra, de 16 anos, lançou seu primeiro single, marcando o início de uma jornada artística.
Nesta edição, o Correio mergulha no mundo inspirador dessa artista amadora, explorando suas influências, sonhos e as histórias por trás de suas melodias envolventes. Ela é portadora da Síndrome Artrogripose Múltipla Congênita, uma condição rara que afeta os movimentos articulares desde o nascimento. A faixa Lost in Time – Tim leonel feat Celina está disponível nas plataformas digitais.
JC: Como você se sente em relação ao lançamento da sua música? Quais são suas expectativas?
CT: Eu fiquei muito feliz e animada, foi uma experiência incrível, fiz uma festinha com meus amigos e ver a reação deles foi muito divertido e muito legal, ter o apoio foi muito importante para mim e na verdade. Foi uma música mais para experiência. Eu não estava esperando chegar em algum lugar com essa música, mas foi incrível todo o processo e o lançamento foi maravilhoso.
JC: Quais foram os principais desafios que você enfrentou durante o processo de criação e gravação da música?
CT: Meu primo me mandou um poema em inglês no final do ano passado e falou transforma ai em uma música e eu falei: ‘bora’. Demorei muito tempo para começar com medo de ficar ruim. Quando comecei foram 20 minutos para sair a melodia base, foi muito legal quando saiu, é uma experiência muito incrível. E aí eu fiquei empacada, não tinha o refrão ainda e sabia que estava faltando alguma coisa. Vários meses depois, eu estava no banho, e veio o refrão na minha cabeça. Juntei tudo, mandei para ele, ele gostou e fomos ajustando as coisas. Também com ajuda do produtor. O processo de gravação foi muito tranquilo, fiquei mais ou menos uma hora no estúdio. Tem as dobras que é quando canto duas vezes, também tem os contracantos que são aquelas vozes no fundo que foram um desafio porque eu não tinha pensando nelas e precisei cria-las.
JC: Como você lida com a pressão e as expectativas que podem surgir com o lançamento de uma música?
CT: A expectativa e a pressão sempre estão mais na nossa cabeça do que ela realmente existe, então eu acho que eu mais tive em mente era que eu tinha feito a minha parte e que daria tudo certo e que as pessoas que realmente importam me apoiariam de qualquer maneira. Mas, existe muita expectativa na criação de uma música principalmente quando parte do trabalho não te envolve, por exemplo, a parte que fica nas mãos do produtor, porque a gente cria a expectativa que vai ficar de um jeito (e não fica), algo diferente que acaba surpreendendo de maneira positiva que ressignifica a música.
JC: Quais foram suas principais fontes de inspiração para essa música em particular?
CT: Energia que eu queria passar com a música, parecida com a música IRIS do Goo Goo Dolls melodicamente, a letra é bem diferente, mas é a energia que eu queria passar.
JC: Você pretende lançar um videoclipe para acompanhar a música? Se sim, pode nos contar um pouco sobre a ideia por trás dele?
CT: Por enquanto não, não sou muito de videoclipe. No máximo faria uma gravação cantando no estúdio.
JC: Você enxerga a música como um hobby ou tem planos de transformá-la em uma carreira profissional? Por quê?
CT: Tenho sonho de criar álbuns em outros estilos de músicas. Talvez criar mais umas músicas para compor um álbum juntamente com esta, em inglês, mas o caminho que quero seguir é na musica brasileira. Deus tem sido fundamental pra mim nessa jornada e que sem ele eu jamais teria conseguido, já que ele é minha inspiração, esperança e suporte. Sempre gostei muito de música, é a maneira com que eu me expresso melhor, e que eu consigo ser eu mesma de maneira natural e mostrar o meu melhor lado. Eu tenho plano sim de transformar isso em uma carreira profissional, mas eu gostaria de me forma no Conservatório de Tatuí, por exemplo, gostaria de entrar lá pra me aperfeiçoar. E acho que a musica desperta o melhor de mim, onde consigo me expressar verdadeiramente e é onde me sinto bonita.
JC: Como você imagina o futuro da sua carreira musical? Tem algum objetivo em mente que gostaria de alcançar?
CT: Eu tenho muita vontade de fazer musica brasileira, colaboração com os músicos da MPB, principalmente os mais velhos, seria uma honra. E meu objetivo é levar a música brasileiro pro mundo, o mais lindo e mais puro da MPB.
JC: Quais são os gêneros musicais e artistas que mais influenciam seu estilo e som?
CT: Bossa nova, mpb, jazz, blues, R&B e de artistas Chico Buarque, Caetano Veloso, Marisa Monte, Elis Regina, Rita Lee, Maria Gadu, Ana Carolina, Djavan, Jorge Vercilo essas são as minhas grandes inspirações. E da música internacional Frank Sinatra, Lee Armstrong, Ella Fitzgerald, Etta James além de outros como Daniel Caesa, Giveon…
JC: Você se apresentou em algumas oportunidades com Gabriel Rosa, como foi a criação do dueto?
CT: A minha mãe um dia comentou comigo que o Fábio, que vai na nossa igreja, tinha um filho músico que estudava no conservatório. Depois de algumas semanas eu o vi na igreja e comentei com ele sobre ele tocar violão, foi a única interação até aí. Depois de umas semanas veio o convite para eu cantar na Casa Kennedy fazendo uma dupla com ele, adorei a ideia, mas a gente ainda nem tinha conversado direito. Criamos um grupo e combinamos de ensaiar. A dupla é mais para algumas apresentações pontuais, fazemos ensaios, não é nada fixo ou concreto. O nome TerraRosa é uma junção dos nossos sobrenomes, porque é bonito, poético e tem cara de MPB que é o que a gente gosta.
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Tenho sonho de criar álbuns em outros estilos de músicas. Talvez criar mais umas músicas para compor um álbum juntamente com esta, em inglês, mas o caminho que quero seguir é na musica brasileira. Deus tem sido fundamental pra mim nessa jornada e que sem ele eu jamais teria conseguido, já que ele é minha inspiração, esperança e suporte. Sempre gostei muito de música, é a maneira com que eu me expresso melhor, e que eu consigo ser eu mesma de maneira natural e mostrar o meu melhor lado. Eu tenho plano sim de transformar isso em uma carreira profissional, mas eu gostaria de me forma no Conservatório de Tatuí, por exemplo, gostaria de entrar lá pra me aperfeiçoar.