Os itapetininganos Carlos Pranches, Rodrigo Cafundó e Eduardo Meira da banda de heavy metal, Fallen Shadows, lançaram no último dia 24, o terceiro single deles, “Rise Against the Dark”, escrita pelo guitarrista Pranches, que descreve em oito minutos os malefícios e as consequências de uma guerra.
“Quando o Pranches escreveu essa música, nós estávamos vivenciando mais uma guerra moderna. O conflito entre Rússia e Ucrânia e todo esse movimento armamentista/extremista nos motivou a “gritar” sobre o tema. É à nossa maneira de externar nossa indignação pelo processo doloroso e incompreensível da guerra. Até quando a violência será a solução para a ausência de diálogo, empatia e senso coletivo? Por isso, independente do período relatado na música, nossos apontamentos são, infelizmente, muito atuais”, explicou o vocalista Rodrigo Cafundó.
Fallen se considera um grupo muito atento à política e ao social em que estão inseridos. Desde a sua estreia com “A Day of Treason”, onde trataram da invasão do Capitólio e problemas decorrentes dele ou no segundo single, “Fighting for Survival”, em que abordaram o período pandêmico e todas as tristezas e impactos causados, e como tentaram deixar apesar disso uma mensagem de reconstrução e esperança na canção.
“Em ‘Rise Against the Dark’, a abordagem é mais direta sobre o conceito das guerras, suas manipulações e influência na vida daqueles que precisam emergir em cenários caóticos. Elas não fazem parte de um mesmo contexto lírico como uma peça conceitual. São mesmo nossas percepções sobre fatos históricos e seus desdobramentos”, contou.
Com o lançamento do terceiro single, a banda do interior paulista virou notícia em alguns dos principais portais especializados em Heavy Metal no mundo; ganhando destaque no Reino Unido, Bélgica, Grécia, Itália e Estados Unidos.
Além de participarem da 38ª edição do festival online de rock da maior revista brasileira do gênero musical, a Roadie Crew. “Foi incrível! A Roadie Crew é a maior publicação de Rock/Metal da América Latina. Tudo o que a envolve ganha uma ótima projeção no nicho que fazemos parte. Estarmos na edição 38 do festival é motivo de orgulho. Estamos celebrando o momento”.
Cafundó se emocionou ao falar da importância que o heavy metal tem em sua vida e em como ela é vista no mundo. “É a cultura que nos representa. Fazemos parte de um grande movimento que é porta-voz de milhões de adeptos pelo globo. Em Itapetininga, especificamente, no início nós mesmos organizávamos os festivais. Hoje, existem espaços, bares e muitos apoiadores. Sempre foi muito legal representar o estilo e levar o nome da cidade para outros centros”.
Embora a Fallen Shadows tenha seus ídolos e referências, a banda contou que ela se trata muito mais de união e amizade. Os integrantes se evoluíram juntos e agora, mais velhos, com filhos e muito aprendizados, compreenderam que o que importa para eles é a amizade, que é o pilar do grupo. “Nossos caminhos se cruzaram mais uma vez e, a motivação maior foi mesmo o fato de ainda podermos criar em parceria e irmandade. Estarmos juntos, ácidos e criativos é muito especial”.
O vocalista relatou que o som deles não tem um padrão específico, entretanto, que construíram uma identidade e que já se preparam para lançar seu quarto single já definido.
“Peso, agressividade e um refrão repleto de melodias épicas, acabaram definindo o estilo da Fallen Shadows. Nosso quarto single está composto e liricamente definido. Entramos em estúdio em julho e o seu lançamento está previsto para o segundo semestre de 2023. Então, em breve, lançaremos o quarto single da Fallen Shadows com trabalho intenso de divulgação no Brasil e no exterior”.
Também ressaltou que o feedback para o retorno do grupo após 10 anos em pausa tem sido muito positivo, e que as características da Fallen agradam aos fãs de bandas melódicas e de metal mais extremo também.
“Sinceramente, não esperávamos nessa fase das nossas vidas, termos nosso trabalho tão bem recebido pelo público e mídia especializada. Acreditamos na nossa união como grupo, como amigos e isso reflete na nossa capacidade criativa. Temos diversas músicas compostas e será um grande prazer poder dar vida para tantas ideias produzidas por nós”, concluiu o músico Rodrigo Cafundó.