O e-commerce é um setor que vem crescendo no Brasil e no mundo, principalmente em razão da pandemia de Covid-19, que impossibilitou a compra de produtos de forma presencial. Para atender a demanda neste período de fortes restrições, as empresas precisaram criar ou aperfeiçoar sua infraestrutura em logística, desde o momento da venda até a chegada da compra ao consumidor.
Estudos recentes mostram que a rapidez na entrega é um diferencial que deve ser levado em consideração pelas empresas. Pesquisa da PwC aponta que 40% dos clientes aceitam pagar mais caro pelo frete para receber o produto mais cedo. Sendo assim, a logística ganha importância fundamental no processo para agilizar a entrega e garantir a satisfação do cliente.
Tendo em vista a necessidade de melhorar os serviços ao consumidor, as marcas optaram pela incorporação de novas tecnologias. Para que o cliente saiba quando o seu produto está chegando, os recursos como o Big Data (conjunto de dados) fazem diferença neste momento. “O Big Data obteve um aumento expressivo relacionado à criação de pedidos, acompanhamento de entregas e coleta de informações dos clientes. Sua principal funcionalidade é o armazenamento de dados processados em alta velocidade. O uso do Big Data aumenta a eficiência operacional, permitindo, por exemplo, prever quando e como os produtos serão entregues”, afirma o docente Luís Cláudio Oliveira, da área de gestão e negócios do Senac Itapetininga.
Segundo ele, a prática do omnichannel está entre as principais utilizadas recentemente. “Esse processo pode ser resumido como ‘compre e retire’. É a interligação dos pontos on-line e físicos, utilizando diversos canais para a experiência unificada. É tendência, pois mais consumidores vêm procurando por entregas expressas e, quando sabem o que querem, estão dispostos a se deslocar para retirar o produto na própria loja física”.
O docente aponta que outra forte tendência para o momento é o uso da “logística 4.0”, que é uma nova forma de se pensar a logística, por meio de processos tecnológicos que unificam e conectam toda a cadeia, desde os fabricantes até os consumidores finais. Entre os benefícios produzidos por esta inovação, Luís Cláudio cita a redução de custos, maior eficiência e disponibilidade de informações, gerando um melhor controle de fluxo de produtos e das entregas. Para os próximos anos, segundo o docente, é esperada uma atenção especial para a logística sustentável, que consiste na redução de carbono e na diminuição dos resíduos gerados na produção. “A utilização de combustíveis ecológicos, veículos híbridos ou elétricos, entre outros processos, não só contribuem para a sustentabilidade como um todo, mas também reduz custos”, afirma.