Uma pequena casa pode ter soluções simples que colaboram para a sustentabilidade. Quanto maior o envolvimento, mais criativas serão as medidas. Começa por uma árvore florida na calçada, um jardim colorido e também no plantio de espécies frutíferas. Os resultados serão sombra e um ar mais puro dentro e fora de casa. Outras iniciativas dependerão da ajuda de um arquiteto ou engenheiro. É lógico: seus filhos e netos irão agradecer.
A adoção de outras medidas poderá refletir em maior conforto térmico que reduzirá os gastos de energia com ar-condicionado. Essa climatização nas residências consome fontes de energias não renováveis ou, em escala nacional, obriga o governo a construir usinas hidrelétricas que necessitam de imensas áreas para inundação e causam fortes impactos ao meio ambiente.
Para a arquiteta Adriana Ayres Martins, a ventilação é favorecida com novas aberturas que permitem a circulação do ar. “No projeto, janelas e portas em contato com o jardim permite uma conexão agradável. O resultado será um ambiente em que o conforto térmico é facilmente percebido”, diz. “Quem optar por uma ventilação cruzada, em que as janelas são planejadas em paredes opostas também terá maior circulação de ar, mesmo em dias quentes”, lembra Adriana. “É o que chamamos de arquitetura bioclimática, em que são usados os elementos da natureza, como clima, sol, vento a favor da arquitetura para a obtenção de conforto e redução de consumo energético.”
Iluminação
O projeto bem bolado na iluminação também pode apostar na entrada da luz natural, explica Adriana. “Ambientes escuros, devido à falta de janelas terá um custo maior ao longo do tempo com gasto de energia. A luz natural retira mofo, ácaro, por isso deixa o ambiente mais renovado e mais saudável”, salienta. Fique atento para lâmpadas com LEDs de alta luminosidade que consomem em torno 8 W para atingir a mesma emissão luminosa de uma incandescente de 60 W.
Materiais reciclados e madeira certificada
No momento da construção, materiais reciclados e os certificados ganham espaço. As madeiras de eucalipto darão um destaque rústico para o imóvel. Com tratamento a vida útil ganha maior durabilidade, asseguram os técnicos da área. São extraídas de áreas de reflorestamento. Outro exemplo são madeiras, tijolo ou portas e janelas de demolição.
Aliás, a madeira é uma questão importante para a casa: ela compõem estruturas e mobiliário, portanto, sua procedência deve ser verificada. O uso de madeira legalizada é obrigatório, mas ao classificá-la dessa forma, apenas indica-se que a extração é autorizada por órgãos ambientais. Ou seja, a denominação “madeira legal” não significa que sua produção/ extração seja ambientalmente correta.
Reuso de água da chuva
Quem não ouviu falar da crise hídrica que bateu no Estado de São Paulo? A novidade é que o fato deve se repetir com o desequilíbrio climático. Para colaborar, o sistema para captar e reaproveitar a água das chuvas é crescente. O preço não é alto, pois varia entre R$ 500 a R$ 2 mil. O sistema é composto por um filtro, reservatório ou caixa d’ água, clorador e bomba, mas o conjunto depende do uso que se fará do líquido captado.
Captação de energia solar
Os sistemas de geração de energia solar são aliados importantes para quem quer ter uma casa mais sustentável. Os equipamentos são compostos por placas fotovoltaicas de silício cristalino, controladores de carga, inversores e baterias estacionárias. A quantidade de painéis instalados no telhado deve ser dimensionada de acordo com cada caso. O custo do equipamento depende do seu tamanho e dos elementos técnicos selecionados.