O vereador Marcos Nanini (PMDB), sempre discreto em suas avaliações, apontou que Itapetininga perde empresas devido às notícias negativas da imprensa. Nanini, que pertence à base do governo municipal, afirmou que empresários que visitam a cidade podem perder o interesse de se instalar no município diante de manchetes negativas expostas nas bancas de jornal.
Ele lembrou que Itapetininga perdeu a fábrica da Kopenhagen para a cidade de Extrema, no sul de Minas Gerais, por causa da guerra fiscal entre os estados brasileiros. Ele fez este discurso por duas vezes. Em nenhum momento citou o nome do jornal Correio. O discurso do vereador tem dois caminhos: ou desconhece o que significa uma imprensa livre ou busca o caminho fácil de encobrir erros.
O vereador esquece que a secretaria de Trabalho e Desenvolvimento, responsável para a vinda de indústrias para Itapetininga, tem o menor orçamento entre as secretarias do governo municipal. Também não lembra que a atual administração, após cinco anos de governo, ainda não possui um distrito industrial ou uma área que possa ser oferecida, de forma rápida, aos empresários interessados em se instalar na cidade.
Nanini adota discursos de políticos que preferem atacar a imprensa ao ver publicado às mazelas sociais nos jornais. É função da imprensa colaborar para melhorar a cidade, justamente com reportagens que denunciam corrupção, descaso do dinheiro público, mau atendimento em hospitais ou deficiência na escola pública entre outros fatos.
É portanto, uma imprensa livre que contribui para o desenvolvimento de um município. Basta verificar as manchetes dos principais jornais quando abordam assuntos políticos e econômicos. Ao mostrar os erros administrativos, a imprensa colabora para que os gestores da coisa pública busquem melhorias e os cidadãos cobrem serviços adequados.
Mais de 20 mil pessoas vivem na linha da pobreza
Em Itapetininga, 20.814 pessoas vivem na linha da pobreza, ou seja, aquelas cuja renda per capita mensal familiar não ultrapassa o valor de R$ 706, metade de um salário mínimo,...