*Juliana Cirila
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove desde 2014 a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele chamada “Dezembro Laranja”. O objetivo da campanha é informar a população sobre as principais formas de prevenção e a procurar um médico especializado para diagnóstico e tratamento.
Segundo a SBD o câncer da pele é o tipo da doença mais incidente no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos ao ano. Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura.
O Jornal Correio conversou com a dermatologista Katia Takahashi que explicou que o câncer de pele é uma proliferação de lesões tumorais na pele. “Existem basicamente 3 tipos de câncer de pele: Carcinoma Basocelular, é a grande porcentagem de câncer de pele, mais de 70% é o menos agressivo. Carcinoma Espinocelular, é cerca de 25% dos casos, é um dos que tem que ficar mais atentos. Melanoma é o pior que tem o maior índice de mortalidade e representa 5% dos casos”.
Segundo a dermatologista os sintomas do câncer de pele podem aparecer com feridas que não se cicatrizam, ou lesões que ficam descascando direto, ou em pintas que mudem o formato, tamanho, coloração, ou que comecem a doer, pinicar.
A exposição solar e intensa e crônica leva a alterações no DNA e enzimas pode alterar, revelou Takahashi. “Eles ajudam a aceleram o envelhecimento, e suas consequências na pele: manchas, sardas, melasma, rugas, aspereza, afinamento da pele e câncer de pele. E logicamente o envelhecimento é proporcional à quantidade de sol que você se expõe durante a vida, falamos em exposição solar cumulativa”.
A dermatologista esclareceu alguns mitos sobre o câncer de pele. “O câncer de pele não é hereditário necessariamente, mas no melanoma existe uma alteração em um gene. Logicamente quem tem familiares com melanoma, devem tomar mais cuidados com pintas e com exposição solar. Nos outros tipos de câncer de pele, carcinoma basocelular tem muita relação com fotoexposição solar.
E sobre o mito das pessoas de pele negra não ter câncer de pele é mentira, ele tem mais melanina, mas isso não interferem no uso de filtro solar diariamente como forma de prevenção”.
Como forma de prevenção ao câncer de pele Takahashi esclarece que o uso de protetor solar é indispensável. “Usando filtro solar, com Fator de Proteção Solar (FPS) no mínimo 30 recomendado pela SBD nas áreas expostas e reaplicar a cada 3 horas, evitando os horários das 10h às 15horas, em que o pico da radiação UVB é mais intenso. Uso de chapéus, bonés, óculos de sol (com lentes adequadas), também são medidas recomendadas”.
*Sob supervisão de Carla Monteiro