Com o lema “Ajude a recuperar o que nos resta de memória”, a Catedral Nossa Senhora dos Prazeres de Itapetininga está promovendo a Campanha de restauração da Igreja Nossa Senhora do Rosário que fica localizada na Rua Venâncio Aires no centro de Itapetininga.
A Igreja do Rosário, uma das mais antiga da cidade, foi construída com donativos da população tendo Antônio Florêncio de Azevedo, o “Mestre Florêncio”, como o maior incentivador. E hoje tornou-se um dos cartões postais da cidade e um templo de devoção ao Rosário e a Nossa Senhora do Rosário.
De acordo com o padre Reynaldo Machado, uma empresa foi contratada para a restauração. “Foi contratada uma empresa especializada em restaurações de Igrejas com a finalidade de apresentar um projeto executivo das intervenções a serem feitas: por onde começar e quais os passos a serem dados.”
“A Igreja Nossa Senhora do Rosário está no coração do nosso povo e é uma das poucas edificações do século XVIII a estar em pleno uso. Por isso, dada a urgência da restauração, está sendo feita uma campanha para prover os meios econômicos a sustentar os trabalhos futuros. O tempo das intervenções está condicionado às possibilidades financeiras, e dependerá de sucessivas etapas com suas especificidades. Nessa época de pandemia: a missa acontece as quartas-feiras, ao meio dia”, completou o padre.
Para ser um colaborador ou para mais informações procure a secretaria paroquial da Catedral ou pelo telefone (15) 3272 8332.
Igreja era frequentada por escravos
A igreja foi inaugurada em agosto de 1873, ou seja, há 148 anos atrás. Além disso, foi declarada de interesse histórico pelo patrimônio municipal. Segundo o professor e historiador Carlos Fidêncio, em seu livro “Itapetininga Ontem-Hoje”, a igreja do Rosário foi inaugurada no dia 15 de agosto de 1873. Segundo ele, o prédio foi construído com esmolas arrecadadas por Antônio Florêncio de Azevedo, o “Mestre Florêncio”.
De acordo com o historiador José Luiz Nogueira, em seu primeiro tempo, a igreja era frequentada por brancos e escravos. O problema é que os negros só podiam transitar pela parte inferior das galerias, sendo-lhes negado o acesso à nave do tempo. Anos mais tarde, após a libertação dos escravos e da construção da Igreja da Matriz, os brancos mudaram-se para esta última, deixando a Igreja do Rosário para os negros.
Outras reformas
Ainda de acordo com o padre, a igreja já foi reformada diversas vezes por conta de seu tempo de uso. “Ao longo da história foram feitas inúmeras manutenções por causa do desgaste do tempo. Não sei dizer quantas vezes.”