*Juliana Cirila
O Brasil se tornou em 2020 o maior produtor de soja do mundo e os produtores de soja de Itapetininga estão animados com a safra desse ano, isso se dá por dois motivos, primeiro pela subida da cotação do grão e o outro o câmbio com o dólar batendo sempre a casa dos R$5,00 o que é favorável para os produtores.
Segundo o engenheiro agrônomo Edigar Petisco os produtores têm se dedicado ao plantio de soja. “Há dez anos era difícil encontrar um produtor de soja, há 20 anos então não encontraria de jeito nenhum e hoje em função da facilidade de comercialização e da rentabilidade as pessoas estão arrendando terras, cultivando a soja em pasto e fazendas que antes nem eram utilizadas na parte de agricultura, estão plantando e esperando a colheita da soja”.
Petisco conta que o plantio da soja neste ano começou um pouco tardio. “A chuva veio atrasada e a soja está em plena vegetação, acredito que comece a ser colhida (aquela soja que foi plantada irrigada) na segunda quinzena de janeiro e em fevereiro até março o pessoal vai colhendo a safra que foi plantada após o período de chuvas”.
O engenheiro agrônomo também ressaltou o porquê de a soja ter se popularizado em Itapetininga e no resto do mundo. “Antigamente a pessoa que plantava feijão fazia a colheita na mão, você tinha que reunir pessoas colocar no caminhão para colher o feijão, hoje os produtores estão plantando soja porque ela é uma cultura fácil de se levar e na parte de colheita e secagem e tem as máquinas para colher que torna tudo mais tranquilo”.
O produtor Hiroyuki Oi, cultiva soja há dezesseis anos, ele contou que seu pai plantava soja nos anos 70 e 80 e a retomou o plantio de soja em 2004 e que a expectativa para essa colheita é a melhor possível. “O que está acontecendo para soja no mercado externo, que em dólar ela não está em uma cotação tão elevada quanto se imagina, houve safras que o preço internacional dela já esteve mais elevado então em tese existe espaço para subir mais o preço dela”.
Para Hiroyuki o que fez a diferença no preço da soja foi o produtor que se preparou para a safra. “Aquele produtor que fez suas compras de insumos antecipadamente, ele conseguiu fechar um bom preço nos insumos como inseticidas, fungicidas, fertilizante entre outros, no meio do ano para se ter uma ideia o fertilizante estava mais barato que no ano anterior”.
Ainda de acordo com o produtor de soja, a condição climática para esse ano está bem melhor do que a do ano passado. “No início da safra sofremos com a falta de chuva que demorou um pouco, mas a temperatura está mais amena, a chuva está mais regular que no ano anterior, então na região a expectativa é de colher umas das melhores safras de soja até agora, mas temos que esperar os meses de janeiro para frente”, comentou o produtor.
Para o produtor, os meses de janeiro e fevereiro são os mais importantes para definir a produção. “Até agora a fase vegetativa da soja ela desenvolveu muito bem ela cresceu e enraizou muito bem, janeiro a fevereiro é a fase que a soja vai encher os grãos e esses meses que definem a produção de soja, se o clima colaborar, for favorável, será uma das melhores safras, com certeza”, finalizou o produtor.
*Sob supervisão de Carla Monteiro