Redação
Nesta semana o Jornal Correio entrevistou o Secretário de Saúde, e vice-prefeito, Jefferson Brun para falar sobre a situação da pandemia na cidade. Após terminar março com recordes de mortes, alta na ocupação hospitalar o secretário falou sobre o novo perfil dos infectados, média de internação, ocupação de UTIs e também sobre a testagem da população.
Segundo o secretário, de acordo com o HLOB, o perfil dos pacientes internados, tanto na UTI como na enfermaria, tem apresentado mudanças. Atualmente a procura por atendimento de pacientes na unidade hospitalar com idade na faixa dos 40 a 50 anos aumentou consideravelmente. “Outro dado relatado pelos profissionais é o tempo de permanência na internação. Na UTI, por exemplo, a média no início da pandemia era de 8 dias. Hoje esse tempo é de, em média, 15 dias podendo, inclusive, ser maior, de acordo com a evolução clínica de cada paciente”.
Brun explica que a média de dias de internação quase o dobro do início da pandemia, implica em um maior período de leitos ocupados. “A extensão da UTI, com leitos com todo o suporte respiratório, medicamentoso e de recursos humanos, também tem oferecido todo o atendimento a todos os pacientes que necessitam de cuidados mais específicos. Pelo fato do HLOB ser um hospital “porta aberta”, há a necessidade de se haver pacientes na regulação Cross, para permitir o fluxo desses pacientes e poder absorver novos atendimentos na extensão da UTI”.
Com relação aos medicamentos administrados durante o tratamento, o secretário explicou que cada profissional médico tem autonomia prescritiva, dentro do quadro clínico apresentado pelo paciente.
Testagem
Para o secretário de Saúde, quando se falam em Covid-19, o primeiro passo é a realização da testagem para o diagnóstico rápido da doença. “Para isso, Itapetininga implantou em abril de 2020, a Policlínica que é um serviço que atende pacientes com sintomas da doença. Lá os pacientes passam por avaliação clínica e realizam os testes para confirmação da Covid-19. Os atendidos, além da testagem, já saem do local com os medicamentos em mãos, de acordo com a avaliação médica. No local, também se necessário, o paciente se mantém em observação clínica, com suporte medicamentoso e de soroterapia”.
De acordo com Brun, neste sentido, as testagens em Itapetininga foram ampliadas e o quantitativo realizado somente neste ano em Itapetininga já representa mais que o dobro do total de todo ano passado. Até a tarde desta quarta-feira, dia 07, 41.498 testagens já haviam sido realizadas, com uma média de 250 testagens diárias.
Ainda de acordo com ele, para que o fluxo de pacientes com sintomas da Covid-19 seja centralizado, evitando outros deslocamentos, esses testes são realizados principalmente na Policlínica, de segunda a sexta, das 7 às 19 horas e também no HLOB, 24 horas, de acordo com a demanda de pacientes. “Nestes locais são realizados os testes IGG-IGM (rápido) e o RT-PCR (cotonete), com amostras enviadas ao Instituto Adolfo Lutz. De acordo com a demanda do IAL, os resultados levam de 5 a 6 dias úteis para ficarem prontos”, esclareceu.
Testes particulares
Jeferson Brun explica que os testes realizados por farmácias e clínicas particulares devem ser notificados ao sistema E-SUS. A Vigilância Epidemiológica do município também monitora o abastecimento dos dados desses pontos.
Recomendação
A recomendação às pessoas é para procurarem imediatamente a Policlínica ou o Ambulatório do HLOB assim que notarem qualquer sintoma da Covid-19. Segundo o secretário, os sintomas mais comuns no início da doença são tosse, coriza e febre, mas não necessariamente podem estar associados. Já em um estágio mais avançado da doença é comum, além dos sintomas já mencionados, um desconforto respiratório que pode evoluir rapidamente, podendo inclusive, fazer com que o paciente necessite de internação com suporte respiratório.
“Eu sempre repito, essa uma doença em que a empatia é mais que essencial. Precisamos nos colocar no lugar do outro. Temos visto muitos jovens e adultos de até 40 anos se contaminando, mais de 50% dos casos estão nesta faixa etária e, essas pessoas, podem potencialmente transmitir a doença e tantas outras pessoas que, inclusive, podem estar isoladas em casa, se prevenindo”.
O secretário finalizou reforçando para que as pessoas respeitem o distanciamento social, uso de máscaras de proteção, higienização constante das mãos e não participar de aglomerações, mesmo as familiares.