*Laura Oliveira
Apesar de ser bastante pequena, a tireoide é responsável por produzir e regular a secreção de hormônios importantes. Qualquer disfunção na tireoide causa sintomas desagradáveis que comprometem a qualidade de vida e que muitas vezes passam despercebidos. Segundo especialistas, as mulheres são as principais vítimas dos problemas causados pela doença. Para cada dez diagnosticadas com hipotireoidismo, apenas um homem tem a doença.
De acordo com a endocrinologista Lilian Cyrineu, essa glândula pode apresentar dois principais distúrbios: hipertireoidismo e o hipotireoidismo. “A principal diferença é que no hipotireoidismo a glândula tireoide está funcionando devagar e produzindo pouco hormônio T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). No hipertireoidismo é o contrário, a glândula está produzindo uma quantidade excessiva dos hormônios.”
A endocrinologista também comentou sobre o diagnóstico. “O diagnóstico inclui os sintomas, exame físico e exames laboratoriais dos hormônios da tireoide. O tratamento do hipotireoidismo é com a reposição do hormônio T4 que está faltando e o médico verifica a dosagem correta para a pessoa. No hipertireoidismo o tratamento pode ser com medicamento ou com iodo radioativo.”
“Os principais sintomas do hipotireoidismo são cansaço, esquecimento, sonolência excessiva, inchaço no rosto e pernas, pele seca, queda de cabelo, unhas fracas, voz rouca, problemas cardíacos como infarto, elevação do colesterol, anemia, dificuldade de concentração. No hipertireoidismo são o nervosismo, agitação, tremor nas mãos e no corpo, taquicardia (batedeira no coração), diarreia, emagrecimento, calor excessivo, suor intenso, pensamento acelerado, fala rápida, pode dar arritmia cardíaca”, disse a médica sobre os sintomas e como detecta-los.
Lilian ainda falou sobre a importância de se tratar a doença e de seus riscos. “A tireoide regula o nosso corpo todo, então tudo pode ser afetado. No hipotireoidismo pode haver desde depressão, anemia, infarto do miocárdio e até entrar em coma. No hipertireoidismo o emagrecimento ocorre perdendo musculatura e também pode ter arritmia cardíaca. Conclusão, o diagnóstico e o tratamento correto são muito importantes para que a pessoa tenha qualidade de vida.”
*Sob supervisão de Carla Monteiro