Chegada ao Brasil em 1533, pelos colonizadores portugueses, a cana-de-açúcar sempre teve destaque. Seus produtos básicos – açúcar e álcool – têm larguíssima aplicação nos setores alimentício, farmacêutico e energético. Isso sem falar da controversa cachaça, uma instituição nacional.
Durante a 2ª Guerra Mundial, boa parte da frota nacional de veículos foi movimentada com álcool de cana. Na escassez da gasolina importada , o governo instalou destilarias que reprocessavam a cachaça,transformamdo-a no álcool combustível. Nos anos 70, criou-se o Proalcool, que naufragou por várias razões, entre elas a falta de tecnologia nos veículos da época, mas deixou o álcool anidro para adição à gasolina no lugar do poluente chumbo tetra-etila. Em 2003, quando a indústria automobilística brasileira lançou os veículos “flex”, com um sensor de reconhecimento para rodar tanto com álcool quanto com gasolina ou com a mistura de ambos, o combustível de cana ganhou novo vigor. E, a partir daí, houve uma corrida pelo aumento e modernização do parque de produção. O mundo se interessou pelo produto, outros países já pesquisam o carro bi-combustível e nós, até então, donos da cana e da tecnologia, estamos novamente na corda bamba.
Hoje, ainda somos donos da maior fatia do mercado internacional de açúcar e do etanol. É preciso fazer todo o possível para manter essa posição de mercado pois vastas regiões nacionais hoje têm sua economia baseada no setor sucro-alcooleiro. Espera-se que governo, produtores e sociedade saibam preservar e usufruir positivamente dessa estrutura, criada à custa de muito esforço, suor, lágrimas e até sangue de tantas gerações de brasileiros.
Tenente Dirceu Cardoso Gonçales
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