om maior ou menor eficiência e os recursos tecnológicos de cada época, o sistema dos Correios sempre foi confiável e atendeu as expectativas da comunidade. Mas, de tempos até agora, seu sucateamento é visível. Quem envia impressos verifica que seu material não chega a todos os destinatários e não tem a quem reclamar. Mas o pior foi revelado pela operação policial desta semana: com a ajuda de funcionários, quadrilhas desviam e roubam documentos e cartões de crédito postados pelas instituições financeira a seus clientes.
Como empresa pública e detentora do monopólio postal, a organização tem suas obrigações. Lamentavelmente, desde o desmonte iniciado no governo Collor, os Correios tem piorado a qualidade dos seus serviços.
Mesmo pertencendo ao governo, o Correio é uma instituição e até um direito da sociedade. Seu funcionamento regular é do interesse geral. É preciso verificar se o atual modelo de gestão é adequado ou não e, com urgência, fechar todas as válvulas que possam tumultuar o tráfego regular do material postado e, principalmente, garantir a sua segurança.
A tecnologia, cada dia mais popular, oferece diferentes alternativas para o envio de mensagens, comunicações e encomendas. Na medida em que o Correio estatal deixa de prestar bons serviços, crescem os meios alternativos que não têm fé pública, mas costumam ser eficientes.
Dirceu Cardoso Gonçalves
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