-A participação da indústria caiu para 14,6% do PIB brasileiro. Nível igual ao de 1956, quando éramos apenas um país rural em início de industrialização e não a sexta economia do mundo. Especialistas dizem que, no atual estágio, o ideal seria o setor responder com 25% do PIB, e apontam a falta de competitividade de nossos produtos como um dos principais motivos disso não acontecer.
A queda do PIB industrial ocorre pela materialização da crise decorrente da elevada carga tributária e de outras obrigações que oneram a produção. Tudo isso somado à moeda forte em relação ao dólar faz nossos preços explodirem e leva industriais nacionais a desmobilizarem a produção, adquirir produtos importados ou até transferir a própria produção para outros países mais favoráveis, como a China, Índia e até a vizinha Argentina.
Recentemente o governo adotou medidas protecionistas em favor das montadoras multinacionais de veículos. Sobretaxou os importados de forma que eles perderão a competitividade no mercado local. Esse, com certeza, não deve ser o melhor caminho, pois não traz nenhum benefício ao comprador. O mesmo veículo zero quilômetro, aqui montado, chega a custar pouco mais da metade do preço no México e em outros países.
O grande caminho é a desoneração fiscal. Os produtos não podem chegar ao mercado gravados por alíquotas que chegam até a metade do seu preço final pois, se isso acontece, não são competitivos e sofrem a concorrência dos importados.
Algo de muito urgente tem de ser feito para corrigir o rumo. Se continuarmos como país de elevada carga tributária, corrupção, impunidade e maus serviços públicos, a recessão será a única certeza.
Dirceu Cardoso Gonçalves
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