-Everton Dias – No dia da sua inauguração, em julho de 2010, um caminhão desgovernado bateu numa estrutura metálica que era instalada para receber autoridades e convidados e deixou três pessoas feridas no Serviço Móvel de Urgência (Samu) de Itapetininga. Foi a primeira ocorrência registrada pelo serviço, que no ano passado atendeu mais de 18 mil pessoas em oito cidades da região. Somente em Itapetininga, o Samu atende em média a 900 ocorrências mensais. “Sentimos que o nosso serviço é aprovado na cidade, mas ainda é pouco conhecido. As pessoas ainda não sabem da sua verdadeira importância ”, diz a coordenadora Geral do Samu Regional, Gabriela Marques de Brito.
Inspirado em um sistema francês, o Samu começou a funcionar no Brasil em 2003 por meio de parcerias do ministério da Saúde com prefeituras e governos dos Estados. A principal filosofia é atender ao paciente onde quer que ele esteja – em casa, na rua, no trabalho – procurando amenizar a superlotação das emergências nos hospitais. “Hoje, contamos com quatro ambulâncias somente na cidade de Itapetininga. Uma de suporte avançado que é uma verdadeira UTI móvel, com equipamentos de última geração e uma reserva”, explica o médico regulador do Samu, Denilson Nucci, que trabalha na unidade desde o primeiro dia de funcionamento.
De acordo com Nucci, o programa atende aos casos mais variados de urgência, desde atropelamentos até paradas cardíacas, no próprio local onde está o paciente. Os casos mais simples, como dores de cabeça e quedas sem gravidade, podem ser resolvidos por um profissional, chamado médico regulador. É ele que faz o primeiro atendimento pelo telefone. Para outros casos, o regulador pode optar por enviar uma ambulância ao local.
Dependendo da avaliação feita com base nas informações repassada por telefone, ele pode escolher pela unidade móvel de suporte básico, que conta apenas com um profissional de enfermagem e um motorista, ou pela unidade de suporte avançado, que tem na equipe também um médico. Dependendo da gravidade da ocorrência, a equipe do Samu pode sanar o problema no próprio local ou encaminhar o paciente para um hospital.
Mais de 20 mil pessoas vivem na linha da pobreza
Em Itapetininga, 20.814 pessoas vivem na linha da pobreza, ou seja, aquelas cuja renda per capita mensal familiar não ultrapassa o valor de R$ 706, metade de um salário mínimo,...