Everton Dias – Com a estrutura parcialmente comprometida, o prédio do Centro Cultural de Itapetininga, localizado na Praça Marechal Deodoro, conhecida como Largo dos Amores, deve ser reformado até o final deste ano. A Prefeitura de Itapetininga aguarda uma verba do Governo Federal para iniciar o reparo. Construído no século 19, o primeiro prédio público da cidade, já foi cadeia, fórum, câmara e prefeitura. Foi restaurado pela última vez no início da década de 90, quando foi transformado num espaço cultural.
De acordo com a prefeitura, para o prédio ser todo restaurado, serão disponibilizados R$ 400 mil por meio de um projeto do Ministério da Cultura. O dinheiro também será investido na adaptação às normas de acessibilidade já que o local ainda não oferece acessibilidade para deficientes e idosos.
O prédio, considerado de maior valor arquitetônico do município, ainda preserva suas características iniciais. E, embora o espaço tenha sido uma grande conquista da cultura, durante todo período suas estruturas físicas foram se deteriorando e não passou por nenhuma reforma nos últimos anos. Hoje, o piso superior apresenta problemas e o seu acesso está limitado.
Segundo o secretario municipal de Cultura, Bob Vieira, mesmo com as dificuldades que enfrenta, o Centro Cultural tem desde a sua criação um memorial destinado a Júlio Prestes de Albuquerque, salas para a realização de exposições e também um espaço que pode abrigar atividades culturais diversas, como ensaios musicais.
O prédio também abriga em seu acervo objetos, quadros e documentos da época da fundação do município, como uma maquete do povoado de Itapetininga, datada em 1780. Em sua história o Centro Cultural também recebeu importantes exposições de todas as partes do país e também as exposições de artistas locais e escolas de pintura da cidade.
Prédio já foi cadeia
O início das obras se deu com a criação da comarca de Itapetininga em 1852, quando tornou-se imperiosa a construção de uma sede para o Poder Judiciário, o Fórum. Entre 1855 e 1862 a Câmara Municipal fez inúmeros pedidos para a construção do prédio próprio para a justiça e para o legislativo. Um novo andar no prédio da cadeia foi autorizado pelos deputados provinciais e concluído por voltar de 1878, com as mesmas características do andar inferior, para então abrigar a sala da Câmara, arquivo da Câmara, sala particular, duas salas livres, sala do juiz e sala de audiência, além de um saguão. Com a saída do Poder Judiciário e da cadeia em 1906, o local passou a ser sede da Câmara e Prefeitura Municipal. Em 02 de novembro de 1991 foi transformado em Centro Cultural e Histórico. No ano passado, passou a ser chamado de Centro Histórico e Cultural “Brasílio Ayres de Aguirre”.
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