As chuvas trouxeram graves prejuízos para produtores de Itapetininga. A cultura do feijão foi a mais afetada. O tempo chuvoso causou alagamentos nas áreas de várzea e comprometeu algumas lavouras inundadas impedindo que os produtores aproveitassem os bons preços do produto no início de safra. “O clima afetou várias propriedades na região e alguns produtores perderam a lavoura toda. Os produtores que conseguiram colher tiveram problemas com a qualidade” explica o engenheiro agrônomo Edegar Petisco.
O produtor Diogo Yoshio conta que ainda não terminou de colher em sua propriedade. “Neste ano, choveu bem mais que o previsto e tanto a colheita quanto a qualidade do feijão foram afetadas” explica. O produtor conta que ao contrário do feijão, a chuva favoreceu a cultura do milho e da soja na região. “Por enquanto, as chuvas têm ajudado nestas culturas, pois o milho e a soja ainda estão em desenvolvimento vegetativo”, afirma Yoshio.
Ele explica que a maior preocupação dos agricultores, em relação ao cultivo do feijão, é a qualidade. “O feijão é qualificado por nota. Podemos observar que a qualidade diminuiu e no mercado só é possível encontrar feijão com nota de 7 a 8, no máximo”. A incidência de chuvas também atrasou a colheita. Normalmente, os produtores terminavam de colher em novembro. “Muitos produtores não fizeram o plantio na época certa também por causa das chuvas. Neste ano choveu desde junho”, explica o produtor.
O excesso de umidade no grão, provocadas pelo clima, chegam a desvalorizar o produto em 30% e pressionar ainda mais as cotações. . Além da má qualidade do feijão, o mercado é reflexo do excesso de produção estimulada pelo ciclo de preços altos no ano passado. O feijão está cotado a R$ 48, 33.
Expectativa
Com uma média de preços quase 50% abaixo dos praticados em 2008, os produtores de feijão terminam o ano vendendo o produto abaixo do custo e sem perspectiva de melhora até o fim de fevereiro, quando está previsto o término da primeira safra. “O preço do feijão está péssimo para o produtor. Mesmo com estes problemas climáticos e a baixa qualidade, há um excesso de oferta do produto no mercado e não está compensando para o produtor”, explica Yoshio.
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