Everton Dias – Agosto é mês do Folclore no Brasil e em todo mundo. Neste mês, as instituições culturais promovem diversas atividades. Celebrado no dia 22 de Agosto, o Folclore tem um papel importante na formação do povo brasileiro. A palavra significa conhecimento popular, e engloba os costumes populares que vão desde jogos e danças até canções, poesias e contos.
Para comemorar o mês do folclore, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, promove diversas atrações folclóricas na cidade. O evento Folclore Vivo, que será realizado nos dias 19, 21 e 22 vai reunir grupos folclóricos de várias cidades de São Paulo, com o melhor da culinária e artesanato da região. No sábado, dia 20, às 10h, será realizado o cortejo folclórico na rua Campos Salles.
De acordo com o secretário de Cultura, Bob Vieira, os contos e histórias populares são as principais formas de manifestação do folclore, que normalmente reconstituem e expressam a maneira de agir ou pensar de uma determinada população. Os itapetininganos podem se orgulhar de ter entre seus conterrâneos um dos maiores historiadores do folclore brasileiro, Rossini Tavares de Lima.
Crítico musical, jornalista, historiador e folclorista, Tavres de Lima nasceu em Itapetininga em 25 de abril de 1915. Foi professor de História da Música e de Folclore Nacional no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Por mais de 40 anos desenvolveu estudos sobre o folclore brasileiro. Fundador do Museu do Folclore em São Paulo. Faleceu em 1987.e do Museu de Artes e Técnicas Populares Mário de Andrade. Colaborou em diversas publicações. Escreveu “Manifestações folclóricas em São Paulo” in Ernâni Silva Bruno, São Paulo — Terra e povo (Porto Alegre, 1967).
Manifestações folclóricas
da região de Itapetininga
Catira
Dança de nome e origem indígena, é uma espécie de sapateado brasileiro executado com “batepé” ao som de palmas e violas. Antes era uma dança mais restrita aos homens, mas atualmente é praticado também só por mulheres ou acompanhadas pelos homens. Também conhecido como Cateretê é conhecido e praticado, largamente, no interior do Brasil, especialmente em Minas Gerais, São Paulo, Goiás e, também, em menor escala no nordeste.
Cururu
Dança do interior de São Paulo, onde a influência indígena foi marcante. Dela, somente os homens participam. Eles tocam viola de cocho, típico instrumento mato-grossense, e reverenciam os santos com rimas e sapateados. Nos anos 30, Mário de Andrade viajou pelo interior paulista, nas suas pesquisas, e observou que no médio-Tietê cururu era desafio improvisado, uma espécie de “combate poético” entre violeiros-cantadores, iniciado com saudações aos santos. Dessa forma ele ainda resiste em cidades como Piracicaba, Sorocaba, Tietê, Conchas e Itapetininga – a chamada região cururueira do estado.
Dança-de-fitas
Dança tradicional da região Sul, de origem portuguesa e espanhola, é a que mais anima as festas sulistas. Resultou de uma brincadeira com fitas presas às árvores. Tem como desenhos coreográficos a Trama, Trança e Rede do Pescador. Casais vestidos com roupas caipiras bailam cruzando fitas coloridas presas a um mastro.
Fandango
Os fandangos são cerca de trinta danças rurais regionais, divididas em dois grupos: as batidas, exclusivas para homens, marcadas por sapateado forte e barulhento; e as valsadas, ou bailadas, nas quais os casais arrastam os pés no chão. Em São Paulo e Paraná, uma variante do fandango é o “Serra Baile” . Tanto a música quanto a letra, são improvisadas pelos “tocadores” e “cantadores” numa atitude muito próxima dos repentistas nordestinos.
Congada
Desfiles de negros, no dia de São Benedito, 26 de dezembro. É um auto de origem africana que adapta a coroação dos reis do Congo aos moldes da monarquia portuguesa. São danças e cantos originários da África e da península Ibérica. A congada é a canção épica da catequese em terras brasileiras. Espalhou-se por todo o Brasil, sofrendo adaptações e diferenciações em cada estado.
Cavalhadas
Esse folguedo, representa a luta entre mouros e cristãos. São doze cavaleiros mouros (de vermelho), no lado do sol nascente e doze cavaleiros cristãos (de azul, a cor do cristianismo), no lado do sol poente No final da longa batalha, vencem os cristãos que ainda conseguem converter os mouros ao cristianismo. Trata-se de uma tradição praticada em várias regiões do Brasil, porém com diferenças marcantes de uma região para outra.
Folia De Reis
A Folia de Santos Reis ou simplesmente Folia de Reis, são cortejos de caráter religioso que se realizam em vários estados do Brasil. Ocorre entre o Natal, 25 de dezembro, e a Festa de Reis, 6 de janeiro. A Folia de Reis é um auto popular, um teatro do povo. É religioso, sagrado e ao mesmo tempo folclórico: conta a história oficial da Igreja Católica à luz da cultura popular tradicional. Por isso é tão rico e cheio de nuances. Trata-se da manifestação popular mais difundida do Brasil e rica em ritos e crenças próprias.A Folia de Reis representa a história da viagem dos três Reis Magos à gruta de Belém.
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