Everton Dias – Foi criado no último dia 24 de outubro, pelo prefeito Roberto Ramalho e pelos secretários de Cultura, Bob Vieira, e de Negócios Jurídico René Vieira, o Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico, Turístico, Literário e Paisagístico de Itapetininga (Condepac). O conselho será responsável pelos processos de tombamento dos bens materiais e imateriais do município.
A demolição do casarão da Praça da Matriz, realizada no ano passado, foi o ponto inicial da organização de muitas pessoas e entidades para a defesa do patrimônio cultural de Itapetininga. Somente nos últimos cinco anos, mais de uma dezena de prédios históricos foram demolidos e deixaram um grande vazio na memória e na história da cidade.
Segundo o presidente do Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, Roberto Soares Hungria, que foi nomeado como um dos membros do conselho, nos últimos anos a cidade sofreu com a falta de políticas públicas pela preservação do patrimônio histórico. “Felizmente foi criado um conselho para cuidar do patrimônio arquitetônico de nosso município, mas está chegando com 25 anos de atraso, mas antes tarde do que nunca”, afirma.
Segundo ele, inúmeros casarões já foram derrubados no município neste período. “Ainda restou um número pequeno de prédios históricos na cidade e que hoje não recebe nenhum cuidado, como é o caso do Solar dos Rezendes na Rua Quintino Bocaiúva e do Centro Cultural, onde a parte superior está interditada”, afirma. “O conselhor ainda é uma semente que precisamos regar muito”, conclui.
É a mesma opinião do jornalista Hélio Rubens. “Sem dúvida nenhuma a criação deste conselho foi importante para tratar da preservação do nosso município, mas para funcionar é preciso de fatores. Não haverá verba para o conselho e as reuniões não serão freqüentes. Portanto ainda há duvidas sobre sua funcionalidade prática. Mas é um bom começo, apesar de ter vindo tarde”, declara.
De acordo com Bob Vieira, o conselho será uma segurança para a preservação da história do município. Segundo ele, o grupo já iniciou um levantamento dos prédios histórico da cidade e definiu algumas prioridades. “Para decidir sobre estes assuntos, foram escolhidos representantes de algumas entidades da cidade. Como prioridade para este ano, colocamos na discussão a reforma do Centro Cultural e a revitalização da Praça dos Amores”, afirma.
No centro velho de Itapetininga ainda existem nove construções com valor histórico e arquitetônico, remanescentes dos séculos XIX e XX. Pelos 240 anos de idade é muito pouco perto do que a cidade já abrigou um dia.
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