Tem Pessoas a quem a gente confia um trabalho, e eles fazem tudo muito bem certo.
Estes são os bons. E há pessoas a quem a gente da uma missão e elas se superam. Estes são os especiais. Parodiando um grande líder político atual, pode-se afirmar, convictamente, que isso é o que ocorre em qualquer profissão, das mais simples às de maiores responsabilidades. São pessoas que se destacam e são confiáveis, ultrapassando em muito as funções que exercem com brilho incomum.
Isto pode se aplicar a José Barbosa Camargo, 77 anos, que até os presentes dias exerce com nobreza a profissão de pedreiro, e, às vezes, construtor, dos mais eficientes. Desde 1950 até os dias atuais, ele atingiu a marca considerada recorde de 60 anos de trabalho, sem desviar um dia sequer do ramo e, com o mesmo entusiasmo e esmero, nas obras que realiza.
Foram aproximadamente centenas de edificações traduzidas em construções comerciais, moradias de todos os estilos, barracões e casebres, com garantia assegurada pela firme estrutura fixada.
Dentro de uma profissão que conta a mesma idade da existência do mundo, José Barbosa construiu a felicidade de inúmeras famílias de Itapetininga e de várias localidades da região.Com amor e dedicação a ela, iniciou ainda cedo suas atividades, espelhando-se no de seu pai, ferroviário da antiga Sorocabana, mas, em horas vagas, fazendo pequenos serviços de pedreiro.
Com apenas o terceiro ano escolar, ensino e educação recebidos do “Fernando Prestes”, Barbosa decidiu trabalhar, porque desejava ajudar seu pai, Raul Camargo, também jogador de futebol do extinto Ferroviário Clube. Como engraxate teve a primeira experiência na vida, lustrando sapatos, botas e até artigos de couro, nos estabelecimentos de Emílio Guilherme, na rua Campos Sales, frequentado por populares e personalidades da cidade.
“Naquele local ouvia muitas histórias e aprendia muito”, conta Barbosa.
A partir da obtenção da Carteira de Reservista, após ter feito um ano de serviço militar no conhecido TG-293 local, iniciou a profissão que segue até hoje. “Lá foram sessenta anos” relembra com alegria Chanca (seu apelido imposto pelos colegas quando jogava futebol e possuidor de pé grande) e continua na lida que abraçou. Teve como mestres, a quem agradece, os gêmeos João Augusto e Batista, aprendendo, com bons resultados a maneira correta de assentar tijolos e realizar acabamento com arte e segurança, digno de um competente profissional. Foram edificações luxuosas e funcionais com as de Airton Villaça, Eduardo de Souza, Samuil Ozi, Walter Curi e reformas em geral de casas, até em propriedades rurais.
Aposentado com um salário, seu trabalho permitiu educar 5 filhos, ajudar na criação de 10 netos, sempre ao lado da esposa Conceição Aparecida Camargo, com quem convive já 53 anos. O orgulho que carrega consigo, e exemplo para seus descendentes, é ter auxiliado na construção da Delegacia de Polícia, na rua Expedicionários, inaugurada na década de 1970, com a presença do governador Abreu Sodré. “Trabalhei naquela construção e jamais, por motivo algum, entrei naquela repartição”.
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