A greve dos servidores Públicos municipais de Itararé, iniciada dia 31 de julho, terminou na última terça-feira. O fim do movimento aconteceu após acordo entre Prefeitura e Sindicato, em reunião realizada na segunda, com a mediação de representantes da CUT.de Sorocaba.Ficou decidido aumento parcelado até abril do ano que vem, de cerca de 12%.No último dia de greve, servidores municipais se dirigiram até a frente do Paço Municipal, onde realizaram manifestação.
O que aconteceu
O setor de Transportes foi o primeiro a aderir à paralisação, seguido de Segurança, Educação e Saúde. A classe pedia 41,7% de reajuste. Nos 21 dias de greve Prefeitura e Sindicato registraram pelo menos quinze boletins de ocorrência.
Os manifestantes denunciaram a suspensão da cesta básica e do pagamento. O Executivo, por sua vez, acusou o Sindicato de não cumprir a determinação judicial de manter 40% dos servidores de cada setor em atividade. Em razão disso, o delegado José Vítor Bacetti decidiu abrir inquérito para apurar possíveis abusos cometidos pelas partes.
Reunião decisiva
Mais de três horas. Esse foi o tempo de duração da reunião para se chegar a um acordo. O Executivo tem noventa dias para elaborar um plano de carreira para os servidores que terão a data base em 1º de maio. A Prefeitura se comprometeu a não descontar os dias parados e vai conceder um reajuste de aproximadamente 12%, parcelado até abril.
Outra decisão é que as partes vão pedir a extinção de dois processos que correm no Fórum da cidade sobre a greve. Uma assembléia foi realizada em frente à Prefeitura com os grevistas. Na ocasião, oito pontos do acordo foram apresentados e aprovados por unanimidade pelos servidores.Para o representante da CUT de Sorocaba, Francisco França da Silva, “houve bom senso das partes. Foi bom para todos”.
O presidente do Sindicato, Willer Costa Mendes, comemorou a vitória. “Agora temos uma data-base e a partir dela poderemos reivindicar aumento salarial”.
No final, trabalhadores saíram em passeata pela principal rua do município agradecendo o apoio da população.
Mais de 20 mil pessoas vivem na linha da pobreza
Em Itapetininga, 20.814 pessoas vivem na linha da pobreza, ou seja, aquelas cuja renda per capita mensal familiar não ultrapassa o valor de R$ 706, metade de um salário mínimo,...