A Educação tem um sentido pedagógico na formação das pessoas, para prepará-las à vida, para que assumam responsabilidades e mantenham compromissos, para que sejam autênticas, que se aprimorem em suas capacidades no sentido de oferecer à comunidade o melhor de seus talentos. Daí que o processo educativo exige muito mais que mera transmissão de informações, como infelizmente hoje ocorre. A informação é um dado técnico, apenas isso. O que importa não é tanto o quanto uma pessoa tem de acúmulo de informações, ma s o que ela faz com o que sabe, pois a educação deveria nos levar não somente à ciência, mas à sabedoria.
Os pais são os primeiros educadores. Mas eles mesmos estão atualmente deixando de cumprir essa missão especial, de serem aqueles que dão o exemplo, que vigoram seus filhos as qualidades do caráter, da personalidade, das virtudes. Muitos pais estão transferindo para terceiros o desafio da primeira educação. Esperam da babá, da professora, até mesmo da televisão, que façam o que eles deveriam fazer, em primeiro lugar: dar aos seus filhos atenção, exemplo de vida, orientação, amparo, etc. Por isso temos visto tantos adolescentes e jovens sem saber o que fazer da vida, entrando muito cedo em depressão e buscando evadir-se nas drogas, porque há lacunas que não estão sendo preenchidas, especialmente pelos pais, muito antes dos professores.
E também muitos professores estão deixando de ser educadores, por razões já conhecidas: a falta de melhor infra-estrutura para o exercício da atividade, remuneração insuficiente para atender as suas necessidades de constante qualificação e atualização de conhecimentos, etc. E há então uma desmotivação crescente para uma profissão desvalorizada socialmente, pois muitos estão deixando o magistério e migrando para outras áreas profissionais (do setor de serviços), por não terem o apoio e a estrutura que precisam para o exercício digno do magistério. Os que conseguem superar as tantas dificuldades são verdadeiros heróis.
Mesmo assim, é preciso acreditar que são possíveis novas possibilidades e esperanças. Temos que fazer a Educação realmente ser prioridade em nosso País, para que as novas gerações redescubram a importância de valorizar o professor e dar-lhe as condições de que precisam para o trabalho de tão grande relevância social. Pais e professores precisam estar mais unidos para que estas possibilidades sejam uma realidade o quanto antes, para garantir o Brasil próspero que todos desejamos.
Prof. Dr. Valmor Bolan
Mais de 20 mil pessoas vivem na linha da pobreza
Em Itapetininga, 20.814 pessoas vivem na linha da pobreza, ou seja, aquelas cuja renda per capita mensal familiar não ultrapassa o valor de R$ 706, metade de um salário mínimo,...