-Oreses Carossi Filho – O irmão do deputado estadual Edson Giriboni, Ércio Giriboni (PV), mantém indefinição de sua candidatura para prefeito de Itapetininga. No entanto, dá demonstrações reais que pode enfrentar Luis Di Fiori (PSDB) nas eleições de outubro. “Meu nome está à disposição do PV (para concorrer ao cargo de prefeito)”, informou Ércio para a reportagem do Correio de Itapetininga.
“Posso ganhar ou perder, mas vou dar a cara à tapa”, explicitou. Segundo o empresário que dirige o Café Santo André, se não houver entendimento entre o grupo de Giriboni com o de Di Fiori, a tendência é que ele concorra ao cargo de prefeito. O prazo para revelar sua posição foi adiado para 30 de março, após o retorno do irmão de uma viagem que fará à França.
Nos bastidores políticos, Giriboni espera que governador Geraldo Alckmin libere o irmão para concorrer às eleições. Em tese, o governador não quer uma divisão em sua base política, mas pode considerar que com dois nomes de partidos aliados aumentem as chances de êxito eleitoral.
Como é novato na política, Ércio explicou que não quer fazer uma aliança a qualquer preço e prefere manter a lisura e ética. “Não quero fazer acordo com o capeta”, frisou. No entanto, compreende que na política é necessário “engolir alguns sapos”. O rumo eleitoral será definido nos próximos 30 dias. “A decisão tem ser o melhor para Itapetininga”, completa.
Na entrevista na TVI, o pré-candidato do PV chegou a informar que prefere uma administração descentralizada. Chegou a comentar temas que devem ser importantes em uma campanha, como melhorias na Marginal.
Análise
Postura de Di Fiori nutre o pré-candidato do PV
O que mais nutre o nome de Ércio Giriboni (PV) ao Paço Municipal não é a frágil gestão Ramalho. Contraditoriamente, é a postura do pré-candidato Luis Di Fiori (PSDB) que inibe as aproximações políticas. As legendas como PTB, PDT e DEM que fariam composição natural com Di Fiori não foram cortejadas pelo pré-candidato.
Até o momento, a forma de trabalhar do pré-candidato não atrai potenciais aliados. Na semana retrasada, integrantes do PSDB tentaram tomar o DEM do vereador Hiram Júnior. Já escaldado de outras batalhas, Hiram chamou o líder tucano de “ditador” na tribuna do Legislativo e inviabilizou, pelo menos por enquanto, uma coligação PSDB e DEM.
O que deveria ser uma costura fácil para Di Fiori que lidera a pesquisa de intenção de voto não vem ocorrendo. Pela falta de articulação, o pré-candidato não tem conseguido agregar legendas e lideranças na cidade. Em tese, ele deveria se aproximar de Ércio, mas prefere tratá-lo de forma fria, distante e protocolar. Foram vistos uma única vez.
“Um candidato não consegue se eleger sozinho”, ensinou Ércio em entrevista na TVI. Uma sinalização clara do PV que se afasta do palanque eleitoral do tucano.
Do outro lado, dez partidos da base de Ramalho procuram um candidato a prefeito. Se houver um movimento coordenado, o irmão de Giriboni pode entrar na briga com o maior leque de coligações. Maior, mais forte e com ar de renovação política, o que pode causar intranquilidade à pré-candidatura de Di Fiori. (O.C.F.)