Com a adesão milhares de agências em todo o país, a greve dos bancários entra no décimo dia nesta sexta-feira, dia 8, e não tem previsão para acabar. Já são 7.723 unidades paralisadas, segundo a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), que é ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores). O número de agências em greve representa quase 40% do total, já que existem 19.546 instituições bancárias no país, de acordo com o Banco Central. Segundo a Contraf, em nota divulgada nesta quarta-feira, a greve dos bancários de 2010 já é considerada o maior movimento grevista da categoria das últimas duas décadas.
Em Itapetininga, apenas a agência bancária do Bradesco, no Centro, realiza algum tipo de atendimento, as demais estão todas de portas fechadas funcionando apenas os caixas eletrônicos. Por isso, nos últimos dias, as pessoas que buscam os serviços nos caixas eletrônicos de diversas agências da cidade também têm enfrentado filas.
Enquanto a greve continua, clientes têm reclamado. Luiz Paulo Teodoro, que tentava pagar uma conta numa agência no Centro da cidade saiu desanimado do caixa eletrônico. “Vim pra pagar, mas o boleto está vencido e agora só é aceito o pagamento na boca do caixa. Agora vou ter que aguardar a normalizar o atendimento, mas depois vou correr atrás pra saber quem vai se responsabilizar pelos juros”. Para ele, a paralização é um direito dos bancários que reivindicam melhorias, porém, a medida também significa prejuízo para os correntistas que dependem do serviço.
Joana Rolim Ariel também reclama. “Só quero ver se no final do mês vão cobrar a taxa de serviço bancário. Pois que belo serviço estão prestando. Não tem ninguém pra atender e depois cobram da gente”, desabafou.
Sindicato
De acordo com Marcelo Teles, diretor do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região, que estava no centro de Itapetininga fiscalizando a adesão das agências nesta quarta-feira, por enquanto, não há previsão de que o atendimento volte ao normal. “Também não queremos ficar parados, mas até o momento não existe nenhuma previsão de negociação. Até agora os bancos não nos deram respostas”, disse.
Entre as reivindicações, os bancários pedem reajuste de 11% nos salários, mas a Fenaban aceita repassar 4,29% de aumento, valor que representa apenas a reposição da inflação acumulada de setembro de 2009 até agosto deste ano.
Além do aumento, os bancários querem elevação do piso salarial, aumento do PLR (Participação nos Lucros e Resultados), maior segurança contra assaltos e sequestros, mais contratações e medidas para cuidados da saúde com foco no combate ao assédio moral.
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