Alberto Isaac – Quando ainda adolescente, foi-lhe receitado para a cura total do bronquite, exercícios como nadar, praticar ginástica sueca ou andar de bicicleta. Ele então pensou… pensou e optou pelo ciclismo. Não por acaso, seu pai, o havia presenteado com um daqueles veículos dos mais modernos e possantes, “todo imponente”, quando entrou no décimo ano de vida, seu aniversário.
De tanto passear pelas ruas e bairros da cidade, é que Adilson Nicoletti – nascido em São Miguel Arcanjo, mas residindo em Itapetininga desde os seis meses de idade – se afeiçoou não só pelo prazer de circular de bicicleta, como participar ativamente de corridas ciclistas realizadas em diversos municípios do Estado de S. Paulo, muitas promovidas por entidades ou clubes e outras de cunho oficial. Sua atuação neste campo esportivo, praticamente, teve início no começo de 1978 estendendo-se até o ano de 1981, época em que representando Itapetininga, teve o orgulho maior de participar de 3 jogos regionais. Pode-se afirmar que ele se conduziu com perfeição e pleno sucesso nos resultados que alcançou.
No período da administração do prefeito Fernando Rosa Itapetininga se destacou sobremaneira nos esportes. O então DMER – Departamento Municipal de Esportes e Recreação – constituía-se em um dos mais ativos e eficientes na vida administrativa da cidade. Mantinha um calendário amplo, permanente, que atingia os mais variados setores e núcleos de atividade humana, de todas as classes, faixas etárias e ambos os sexos.
Sobressaiam os clubes de futebol, cabendo a área profissional ao DERAC, da 2ª Divisão de Profissionais da FPF, completando com a Associação Atlética e o Clube Atlético Sorocabano, com seus estádios, sempre ligados as realizações esportivas da cidade, ao lado do Clube dos Bancários, Clube Venâncio Aires, 13 de Maio, Centro do Professorado Paulista e os Veteranos – no bairro da Aparecida, surgido naquelas décadas. Somavam-se àqueles a AA Banco do Brasil, as quadras de escolas estaduais, o Centro Esportivo Mário Carlos Martins e o grandioso ginásio de Esportes da Vila Barth, hoje denominado “Airton Senna” construído pelo prefeito de então, Antônio Fernando da Silva Rosa e inaugurado pelo governador Paulo Salim Maluf.
Mas, a par de outros esportes, o ciclismo sempre se constituiu em esporte que dava nome a Itapetininga, com dedicação, por vezes sacrificada, de seus pedalistas onde se impunha o valoroso apoio dos próprios pais, ao lado dos dirigentes e incentivadores. Foi o melhor da região, revelação do interior e com “bons ciclistas”. Além de Adilson foram figuras exponenciais, Dirceu Américo Júnior, Josafá Nardim, José Luiz Nardim, José Eduardo Pinheiro de Oliveira, Antônio Vicente Pinheiro de Oliveira, Ednilson Vieira, Waldenei e Waldeci de Oliveira, entre outros.
Adilson conquistou muitas medalhas de bronze e troféus, atestados por jornais como “O Estadão”, Cruzeiro e Diário de Sorocaba, “Jornal de Jundiaí”, Gazeta Esportiva de S. Paulo e “Correio de Campinas” que em manchete anunciavam “Nicoletti vence em Campinas prova extra-oficial da temporada de ciclismo em S. Paulo. Ele envergava a camisa da Ponte Preta daquela cidade. Recebeu diversos certificados de participação de municípios e homenagens das Câmaras de Sorocaba, Americana, Campinas e Itapetininga, cujo presidente do legislativo, vereador Araldo Lírio de Almeida referia à sua vitória “na prova de ciclismo da corrida Nove de Julho, feito que, sem sombra de dúvida, contribuiu para a elevação do nome de nossa terra”.
O esforço e dedicação desses atletas que brilharam neste passado não tão distante, devem servir de exemplo aos itapetininganos que participam dos atuais Jogos Regionais que se desenvolvem nesta cidade.
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