Orestes Carossi Filho – A realização da 1ª Semana Mundial de Amamentação foi o momento de discussão de políticas públicas para a redução da mortalidade infantil em Itapetininga. Em 2008, para cada grupo de mil crianças, 14,28 morreram antes de completar um ano de idade. Em 2009, subiu para 16,5. Até junho deste ano, a índice subiu e atingiu 19,2, conforme dados da Fundação Seade. O coeficiente é considerado alto, já que em países desenvolvidos a taxa fica abaixo de 6 por mil.
A pediatra do Banco de Leite Materno de Santos e professora universitária, Lais Graci Santos Bueno, afirmou que a implantação de sete projetos são capazes de reduzir a mortalidade de crianças e da gestante. A rede de proteção começa com: aleitamento materno exclusivo até seis meses e que pode ser prolongado com outros alimentos até dois anos de idade; Hospital Amigo da Criança; treinamento dos profissionais de saúde; Banco de Leite; atendimento a gestante de risco (que já começou a funcionar, veja matéria acima); pré-natal adequado e, por fim, a implantação de uma UTI neonatal.
“É uma oportunidade para refletir sobre a importância do leite materno com a sociedade.” A especialista que abriu o debate para os profissionais da saúde explicou que atualmente menos de 40% dos bebês são alimentados exclusivamente com leite materno até seis meses no Brasil. “A mãe precisa ser apoiada. É necessário desenvolver a cultura de amamentar a criança. Ela terá uma vida mais saudável.”
A especialista disse que há estudos acadêmicos que aponta que há uma relação direta da amamentação e mortalidade infantil. “Quando reduz a amamentação, a mortalidade infantil sobe. Se aumenta a amamentação com leite materno, a mortalidade desce”, revelou. O desmame precoce é uma das principais causas da mortalidade infantil.
Hospital Amigo da Criança
Idealizado pela Unicef, Hospital Amigo da Criança preconiza 10 passos que um hospital deve seguir para credenciado. O primeiro é colocar fim a distribuição gratuita ou a baixo custo de leite que irá substituir o leite da mãe. Para receber o selo, deve estimular a cultura do aleitamento materno, entre outros pontos.
Treinamento – Cursos de atualização profissional sobre a importância do leite materno. Sensibiliza sobre o momento vivido pela mãe e como cada profissional pode ajudá-la.
Banco de Leite – Esta unidade coleta leite materno de mães que possuem excesso de leite e repassa para mães cadastradas que, por motivos diversos, não podem amamentar seu filho. São necessários equipamentos para coleta, transporte e armazenamento do leite humano.
Pré-natal adequado – A médica explica que o incentivo ao aleitamento materno deve começar durante o pré-natal. “É necessário esclarecer o assunto”, enfatiza. “A gestante chega insegura, perdida. Tem que explicar o que esta mãe deve fazer.” No pré-natal, a gestante deve fazer os exames para identificar doenças que podem prejudicar o bebê.
UTI neonatal – Com equipamentos de última geração, a UTI neonatal atende crianças que nascem prematuras e abaixo do peso. O investimento é alto, por isso, até hoje Itapetininga não possui a aparelhagem. As mães e filhos precisam se deslocar para cidades vizinhas, como Sorocaba e Itu.
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