Por Gregório Bacic – O Sesi e a 6ª Mostra Paulista de Cinema Nordestino promoveram em Itapetininga, no início do mês, uma mesa redonda com cineastas nordestinos sobre o fazer cinema no Brasil fora do eixo Rio-São Paulo. O público de Itapetininga, também “fora do eixo” quanto ao debate de questões da cultura nacional, sempre reservado às metrópoles, pôde viver (graças aos esforços do Diretor do SESI, Prof. Sampaio, e de sua equipe) uma experiência ímpar: questionar “ao vivo” os componentes da mesa: Diego Akel, cineasta cearense de animação, Gabriel Mascaro, documentarista pernambucano, e Lázaro Faria, realizador baiano.
Viu-se que ao lado das temáticas regionais (seca, fome, cangaço, cultura popular), há hoje no cinema novos enfoques ao Nordeste urbanizado – como aquele que aparecia no Ciclo do Recife, nos anos 1920, para sucumbir em seguida à ocupação de nossas salas de cinema pelo filme estrangeiro.
Diego Akel falou do impulso à produção cearense de animação dado pelo convênio com o National Film Board, do Canadá, referência internacional na área. Lázaro Faria destacou o grande reconhecimento com que o cinema do nordeste do Brasil é acolhido nas mostras e festivais no exterior. Gabriel Mascaro, cineasta autoral, falou da satisfação de poder, através de seus filmes, compartilhar com as pessoas sua concepção de mundo, sem a preocupação – própria dos filmes comerciais – de lotar as salas de cinema.
O ponto crítico em debate: a distribuição. O ponto pacífico: a necessidade de se buscar novas formas de veiculação (DVD? Internet?) e, sobretudo, novos espaços de exibição, livres do furor comercial, como as escolas e os cineclubes. Com a 6ª Mostra Paulista de Cinema Nordestino, o SESI saiu na frente.
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