Alberto Isaac – A sua bondade, a sutileza dos seus sentimentos vieram do berço, nessa caminhada que se faz longa e até hoje alcançando outras paragens.
Quando houver alguma homenagem, será absolutamente certo que o orador proferirá as palavras acima. Iria contar com entusiasmo a trajetória humana e vitoriosa de uma jovem que se dedica de corpo e alma ao próximo. O próximo resume-se nas crianças, a quem Mônica Guarnieri Machado volve o trabalho que for necessário para esses pequeninos que não “estão sequer tendo direito de viver”. Por essa razão, inteiramente justa, é que ela luta pela vida deles.
Médica, formada em 1989 pela Fundação Educacional Serra dos Órgãos, do Rio de Janeiro, esta itapetiningana se especializou em Doenças Infecciosas, área de Sanitarista e HIV, trabalhando em São Paulo e nas prefeituras de Diadema e Secretaria de Saúde da capital paulista, durante 15 anos.
Seu elevado espírito cristão, sempre voltado para os mais necessitados, não hesitou, um minuto pelo menos, em aceitar o convite de uma ONG, a “Fidesco”, para a excelsa missão na longínqua e desconhecida África. Todo conforto, lazer, de que desfrutava em S. Paulo, “bom ordenado, vida cômoda, grandes amizades” deixou de lado, aceitando desafios, completamente desconhecidos. Seguiu para Conakry, capital da Guiné, onde predominavam tuberculose, malária e AIDS, causas de terríveis perdas na população. Lá permaneceu dois anos e sua participação atenta e cuidadosa, além de responsável profissionalismo, proporcionou melhor qualidade de vida aos necessitados e enfermos.
De volta ao Brasil, concluiu a Faculdade de Teologia no Ipiranga (SP), realizando um velho sonho, ou seja, melhorar seus conhecimentos sobre a crença que abraçou e “inteirando-se da existência do Criador”.
Um curso avançado de Bioética, efetivado no Rio de Janeiro, deu a Mônica condições de integrar o Grupo dos “Médicos sem Fronteiras”, entidade que objetiva – sem interesse financeiro – proporcionar assistência em qualquer parte do mundo. Convocada para uma missão em Maputo, capital de Moçambique, permaneceu mais de um ano, desenvolvendo trabalhos sempre em favor dos desvalidos da sorte, com resultados positivos e elogiosos. Assim procedeu, viajando incessantemente para regiões das mais pobres do mundo, como Angonia e Tete, integrando o grupo “MSF”, e executando projetos de melhoria à população sofrida e sem qualquer apoio de combate, principalmente ao sarampo, malaria e desnutrição.
Mônica Guarnieri Machado, filha de Maria Nívea Guarnieri Machado e do saudoso engenheiro Sérgio Angra de Oliveira Machado, cursou os primeiros anos no Colégio Imaculada Conceição e os demais anos de ensino Fundamental e Médio, na “Peixoto Gomide”. Hoje, em férias por duas semanas no Brasil prepara as malas para outra sagrada missão. E desta vez desembarcará em Bruxelas – Bélgica –como pediatra – embaixadora, a fim de coordenar os trabalhos dos “Médicos sem Fronteiras” em várias partes do mundo. Deverá permanecer dois ou três meses em cada país, sempre retornando a Bruxellas, elaborando relatórios sobre seus trabalhos. Costuma afirmar que continua muito feliz: “os problemas fazem parte da vida… não há como evitá-los. O importante é seguir, sempre realizando aquilo em que acreditamos ser a vontade de Deus para nós a cada momento”.
Quando concluiu o curso de medicina esclareceu com humildade: “formei-se médica não para enriquecer, e sim para servir, pois este é o sentido da vida”.
Hlob recebe R$ 18 milhões em investimentos e amplia serviços
Itapetininga comemora 253 anos com avanços na área da saúde. Desde novembro de 2022, o Hospital Dr. Léo Orsi Bernardes (Hlob), administrado pela Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo (Enkyo), recebeu...