Na maior democracia do Ocidente, a pobreza espraia-se por territórios ocupados por uma classe média que, menos de cinco anos atrás, exibia vitalidade e gritava com orgulho a bandeira dos direitos. A paisagem agora é de devastação.
Mas esses são os efeitos, fato que sugere indagar: que fatores explicam a escalada de barbárie que invade parcela do planeta neste início de segunda década do século 21?
O painel de respostas é vasto, incluindo aspectos abrangentes, como a crise da democracia representativa e questões imediatas com desfechos negativos, como a especulação imobiliária. Mas a razão econômica é o fiel da balança, como se constata no rombo da economia americana em 2008: exagerado volume de empréstimos.
Neste ponto, cabe uma interrogação: por que nos EUA, pátria por excelência da liberdade de expressão, o manto do silêncio cobre núcleos que deveriam pôr a boca no trombone? Resposta: ali a lei é cumprida com rigor. Locução livre, tudo bem; arruaça, não. O receio do cidadão de se desviar da régua da rotina para tomar as ruas – mesmo sob razão de consciência e sobrevivência – o mantém retraído.
Não dá para escapar pela tangente e argumentar que nossa terra é uma ilha de segurança no oceano revolto. O éden fica ao lado do inferno.
Gaudêncio Torquato
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