Antonio Carlos Mendes – Os resultados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para 2011, divulgados pela ONU, mostram que o Brasil está parado no item mais importante para a sua população: a qualidade de vida. Os números escancaram que os oito anos do governo Lula foram perdidos na batalha contra a imensa desigualdade de renda, o baixo nível de educação e o pífio desempenho na saúde. A estagnação destes setores dá a exata medida de que a somatória do que foi feito, nos últimos anos, não conseguiu verdadeiramente criar condições para se viver melhor.
No relatório do Desenvolvimento Humano, o Brasil aparece na 84ª posição, entre 187 países avaliados, e subiu apenas uma colocação em relação ao ano passado. Ficamos muito atrás do Chile, em 44º lugar, e da Argentina, em 45º. Pior: com um índice de 0,715 (em uma escala que vai de 0 a 1), estamos abaixo da média da América do Sul e do Caribe, de 0,731. Também não conseguimos atingir os níveis que países como Noruega, EUA e Japão possuíam 40 anos atrás.
A divulgação do índice das Nações Unidas confirma que a educação é a nossa maior vergonha. O número médio de anos de estudos do brasileiro ficou estacionado em 7,2 anos, ou seja, menos que o período de ensino fundamental completo. Estamos no mesmo nível do Zimbábue, país que ocupou o último lugar em desenvolvimento humano no mundo, em 2010.
Neste item educação, entre os 187 países que compõem o ranking, superamos apenas 74. No atual ritmo de evolução, o Brasil precisará de 31 anos, uma geração inteira, para alcançar as condições educacionais da Noruega, onde se estuda em média durante 12,6 anos.
De acordo com a Transparência Internacional, na comparação com outras 178 nações, o Brasil figura num deprimente 68º lugar, no ranking do combate à corrupção. Se tivéssemos os mesmos índices da Dinamarca, que encabeça a lista como o menos corrupto, a renda per capita brasileira seria 70% maior.
Desse modo, com tantos desvios e mau emprego do dinheiro público, o país não poderia ter desempenho diferente no IDH, o que significa quase uma década perdida na busca de melhor qualidade de vida para a população brasileira.
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