Mauricio Hermann
Médicos do Programa de Saúde Familiar (PSF) afirmam que o prefeito Luis Di Fiori (PSDB) tinha prometido a eles um reajuste salarial de 100%. Então, o salário de R$ 7,5 mil iria pra R$ 15 mil. No entanto, para receber esse aumento quem era contratado pelo Instituto Vida foi orientado a pedir demissão do contrato no regime CLT e se tornar Pessoa Jurídica (PJ).
Com a promessa, alguns médicos pediram demissão. Esse é o caso de Edgar Camarinha que trabalha no Pronto Atendimento da Vila Rio Branco. “Havia um acordo verbal do prefeito conosco para nos tornamos PJ e receber R$ 15 mil”, diz. “Ele (Luis Di Fiori) estava ciente que tínhamos o menor salário do Estado”, completa.
Camarinha afirma que o primeiro mês foi pago corretamente com o reajuste. Mas, no segundo mês houve um atraso e em uma nova conversa, agora com Instituto Vida, os médicos foram informados que não receberiam mais R$ 15 mil e sim R$ 9 mil, mas como CLT. “A situação fez com que os médicos pedissem demissão devido ao descumprimento do acordo.”
Médico do PSF, Edno Giriboni Junior afirma ter pedido demissão após a situação. “Tentamos sentar e dialogar com o prefeito, pois a proposta saiu dele e da Secretária de Saúde. Mas, não houve conversa. Acredito que entre 10 e 15 médicos saíram.”
Questionados sobre a reunião junto aos médicos para o aumento de 100% dos salários, o prefeito Luis Di Fiori e o secretário Felipe Thibes não responderam.