Desde 05 de junho, a Secretaria da Educação vem desenvolvendo um projeto piloto de ensino em período integral na escola municipal Professora Hilda Weiss Trench, na vila Belo Horizonte. No momento, cerca de 70 alunos, da 4ª série passam pela experiência, que ocorrerá até o final do ano letivo. De acordo com diretora do Departamento Pedagógico, Maria Luiza Castelo Branco, a unidade foi escolhida porque apresentava espaço físico para atender os alunos no duplo período. Esse modelo de ensino já é aplicado em três escolas estaduais de Itapetininga desde o início do ano.
No projeto municipal Escola em Tempo Integral, os alunos têm aula normal, da grade curricular, das 7h10 às 12h10; intervalo para recreação e alimentação entre 12h10 e 13h; na parte da tarde, até às 16h, são oferecidas oficinas e atividades extracurriculares como língua estrangeira, dança, informática, esporte, aulas de reforço e plantão de dúvidas. “Com a avaliação positiva dessa iniciativa, a intenção é estender a outras escolas da rede municipal das comunidades menos favorecidas, onde as famílias necessitam de lugar para que as crianças fiquem”, explicou Maria Luiza.
Por enquanto, o projeto apresenta-se inviável para as escolas municipais, sendo prematuro falar na introdução em toda a rede de ensino do município, expôs a diretora. Ela considera que as unidades escolares terão que passar por uma adaptação do espaço físico. “As escolas ainda não têm disponibilidade de espaço físico adequado para atender os alunos no contraturno com segurança”, afirmou a diretora. Ainda não foi levantado o custo para implantação, como reformas e contratação de novos professores. O município possui trinta escolas de ensino fundamental entre zona urbana e rural, sendo cerca de seis mil alunos entre 1ª e 4ª séries.
Na escola da vila Belo Horizonte, dos 413 alunos, 71 participam do projeto. “Foram escolhidas as quartas séries porque não havia como atender esses estudantes no segundo período com segurança e espaço físico adequado”, disse Maria Luiza. O projeto vai até 20 de dezembro, quando passará por uma avaliação. “Será avaliado o rendimento do aluno, resultado da integração dos alunos nesse período todo e até mesmo a aceitação das pessoas envolvidas, dos professores e da própria escola”, explicou.
Modelo Estadual
Em Itapetininga há três escolas da rede estadual de ensino funcionando em período integral, das 7 às 16h10, beneficiando 1081 alunos. O programa funciona desde o início do ano letivo nas unidades: Professor Alceu Gomes da Silva, na Vila Sonia, Professor Ataliba Julio de Oliveira, na Vila Nova Itapetininga e Professora Ernesta Xavier Rabelo Orsi, no Jardim Itália.
Segundo a DERITA – Delegacia Regional de Ensino de Itapetininga, na escola professor Alceu Gomes da Silva, 9 classes receberão 304 alunos do ensino fundamental. Na escola Professor Ataliba Julio de Oliveira 403 alunos da 1 a 4ª série ficarão divididos em 12 classes. Na escola Professora Ernesta Xavier Rabelo Orsi, 10 classes foram disponibilizadas a 374 alunos de 5 a 8ª série. Os alunos tiveram um aumento de 20 aulas por semana. No período da manhã, o currículo básico continua. À tarde, matérias foram adicionadas, denominadas oficinas de enriquecimento curricular, que estão dividas em quatro eixos: orientação de estudos de pesquisa, atividades de linguagem e matemática, atividades artísticas (música, teatro e dança), atividades esportivas e motoras e atividades de participação social (filosofia, meio ambiente, saúde, alimentação). Os estudantes terão três intervalos, com lanche pela manhã, almoço e lanche da tarde.
Na rede de ensino público estadual paulista, 170 escolas já funcionam em período integral, desde fevereiro. Mas a proposta é atender 500 unidades, quase 10% do total. Serão 119 na Grande São Paulo e o resto no interior. Futuramente, o Estado pretende modificar cerca de 6 mil escolas da rede em período integral. Além do aumento do período em que os alunos permanecerão na escola, programas de capacitação de professores e de maior participação da comunidade serão criados para melhorar a qualidade da educação. O investimento será de R$ 65 milhões com direito a novas contratações.
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