A retirada da imagem do itapetiningano Júlio Prestes do novo site da Presidência da República mexeu com a cultura e a história da cidade. De 29 de agosto até 7 de setembro, data de fechamento desta edição, a foto do ex-presidente não constava na galeria da Secretaria de Comunicação em Brasília. A alegação para a exclusão de Prestes é a de que ele não tomou posse, já que foi impedido por um golpe de Estado.
O jornalista Ricardo Setti da revista Veja, disse em sua coluna que o site da Presidência da Republica “cassou o mandato” de Júlio Prestes. “Não sabíamos, até hoje, que a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) tinha poderes ditatoriais decorrentes de algum Ato Institucional para cassar mandatos.Pois cassaram o mandato do presidente Júlio Prestes, na época governador de São Paulo e o último presidente eleito da chamada Velha República, que não tomou posse em decorrência da Revolução de 1930?”, afirma o jornalista.
Em entrevista à TV local, o historiador José Luiz Holtz, afirmou que Prestes ganhou as eleições em 1930, chegou a viajar em missões internacionais no segundo semestre daquele ano e já era recebido como chefe de Estado. Para o presidente do Museu do Som e Imagem de Itapetininga, Roberto Soares Hungria, a alegação não é coerente, já que se for seguir o mesmo critério, a Secom terá que banir a foto do ex-presidente Tancredo Neves, que foi eleito e não tomou posse.
A Secretaria de Imprensa da Presidência da República afirmou em resposta a uma consulta feita pela revista eletrônica Consultor Jurídico que “em 1989, quando a Galeria foi criada em comemoração dos 100 anos da República, decidiu-se por expor as fotografias de todos os brasileiros diplomados Presidente da República. O critério escolhido à época, não abrangeu Júlio Prestes nem os componentes das Juntas Militares, que não foram diplomados. Por outro lado, inclui Tancredo Neves, que, apesar de não ter exercido o cargo, foi diplomado Presidente da República.”
Segundo a revista, há dúvidas quanto a essa afirmação e muitas pessoas sustentam que Prestes foi, sim, diplomado. O próprio site da Presidência remete a uma outra galeria, esta do Ministério da Justiça, onde figuram tanto Júlio Prestes quanto os três militares da Junta que substituiu Costa e Silva em 1969.Também o site da Biblioteca da Presidência da República inclui em sua galeria de ex-presidentes, tanto Prestes como os integrantes das juntas militares de 1930 e de 1969.
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