-Orestes Carossi Filho – Os agricultores de Itapetininga começaram a colheita de milho. O preço praticado no mercado é de R$ 24 para saca de 60 kg. O engenheiro agrônomo Luiz Paulo Mendes considera que o valor permite que o produtor tenha lucro com a safra. Para aproveitar o solo fértil, é feito o plantio direto de feijão.
O cultivo de milho está diretamente ligado à ração animal. O principal mercado consumidor são granjas em Itapetininga e região. Em seguida, são bovinos, suínos e pequenos animais de estimação. O milho responde por 70% da ração animal. “É um mercado que precisa comprar para alimentar principalmente os setores da pecuária”, informa.
Para quem apostou em milho pipoca está sorrindo. O preço atinge R$ 80 a saca de 60 kg. Na região, existem dois produtores. Um em Campina do Monte Alegre e outro em Tatuí. O custo da produção é mais elevado se comparado com o milho vermelho, mas o retorno é maior, garante o engenheiro agrônomo.
A área de plantação do milho da região de Itapetininga, que abrange o Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de Itapetininga, que reúne 14 municípios prevê a safra de 5,1 milhões de sacas, numa área de plantio que soma 51 mil hectares, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA). Só no município de Itapetininga são 16 mil hectares, com produção de 1,6 milhão de sacas de 60 kg.
Feijão
Mendes explica que o cultivo de feijão só pode ser feito até 30 de março. Uma das vantagens é justamente o solo vermelho argiloso. No entanto, para entrar no feijão da seca, os produtores precisam contar com irrigação, já que o período é de estiagem. A vantagem é o preço no mercado, que atrai mais agricultores.
“Na ânsia de ganhar dinheiro, o produtor supre a demanda o que faz o preço cair na próxima safra. É o papel do agricultor que trabalha anualmente, sem muitas vezes, perceber que o preço cai”, afirma o engenheiro agrônomo.
Mendes comentou que o feijão tem um obstáculo para o avanço do cultivo na região de Itapetininga: a mosca branca. Um vírus que ataca o plantio. A solução deve ocorrer em breve, quando os produtores tiverem acesso à semente transgênica.Até, segundo o engenheiro agrônomo, os agricultores devem ter cuidado para não perder a safra com o ataque desse vírus.