Como a frase de samba “se gritar pegar ladrão, não fica um meu irmão”, assim tem sido os ministros da atual gestão. E o pior é que todos repetem as mesmas estratégias falecidas de indignação, porrada na mesa, ameaças. Depois vêm os depoimentos, as vozes, as fotos e os vídeos. E a presidenta Dilma tem titubeado nos inícios das denúncias em fazer defesa. Menosprezar as denúncias por serem de fatos anteriores parece sair da boca do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Espera-se que não seja tão difícil demitir ministro que nega veementemente não conhecer um cidadão num dia e dois dias depois aparecem as reportagens afirmando que andaram junto em aviõezinhos particulares, sempre o maior sonho de todos os ministros de Estado.
Não resta dúvida de que essa corrupção decorre de modelo anterior de encará-la como coisa menor e de Lula apregoar maledicência aos denunciantes por desvio de conduta e não se insurgir contra a corrupção no seu governo. Como nunca antes na história deste país se posicionou com tanta condescendência, tolerância e defesa veemente de malfeitorias como Lula e deixou sua herança maldita, essa sim, para sua sucessora. Não. Definitivamente não aos corruptos. Ainda falta Justiça e cadeia para todos os corruptos e corruptores. Como a revista Veja mostrou a roubalheira de R$ 720 bilhões de reais nos últimos dez anos, divididos por 10, multiplicados por 8 anos de Gestão de Lula, chega-se à soma de 576 bilhões de reais surrupiados para bolsos particulares só no governo anterior. Não pode ser razoável deixar que esse número se mantenha; como não seria para qualquer número desviado pela corrupção.
Diante da corrupção generalizada, as revistas deveriam acabar com as denúncias a conta-gotas e denunciá-las logo por atacado. E, para manter sua imagem inalterada, a presidenta precisa fugir das defesas prévias a seus ministros. Não é possível que o retrospecto e as mesmíssimas defesas inconsistentes dos seus pupilos – como a do ministro Lupi a procurar o nome de… de… de Adair Meira, com quem tinha viajado dias antes no mesmo voo, não lhe convençam ser indefensáveis previamente. Já passou da hora de dar um “tiro” de caneta no cargo de Carlos Lupi ou sua gestão levará um tiro mortal de credibilidade. Por enquanto, toda vez que vem um grito não tem ficado um só ministro. Diante de defesa na base apenas de ameaça, não será Carlos Lupi o primeiro.
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