A segurança nas escolas públicas de Itapetininga está preocupando mães de alunos. A presença de marginais nas redondezas e o atrito entre alunos de diferentes turmas e bairros também preocupa. O patrulhamento escolar no município conta com três viaturas para atender 41 escolas.
Segundo algumas mães, principalmente quem tem filho pequeno, outro fator preocupante é que os alunos mais velhos se misturam com as crianças durante a hora do intervalo, o que pode significar uma má influência para os mais novos. “Os mais velhos fumam, falam muito palavrão e não têm respeito nem pelos professores”, disse uma mãe, cujo aluno estuda na escola estadual Professor Modesto Tavares de Lima.
Ronda escolar
Segundo a Polícia Militar, a Ronda Escolar segue um roteiro pré-estabelecido cujo objetivo é fazer com que os policiais visitem o maior número possível de estabelecimentos. Em fevereiro, por exemplo, a ronda esteve 12 dias no Modesto, sempre em horários alternados (este procedimento visa surpreender marginais que eventualmente estejam na escola ou nas proximidades. “O policial faz uma varredura do lado de fora do prédio, depois entra na escola e conversa com o diretor e funcionários para ver se está tudo bem”, disse o capitão Marcelo Alves Marques, comandante da 1a Companhia PM. Ele ressaltou ainda que a ronda vai até a escola “toda vez que o diretor chamar”. Além da segurança interna, a presença da polícia auxilia a segurança externa, inibindo a presença de marginais e controlando o trânsito, principalmente na entrada e saída dos alunos.
“O maior problema está mesmo no entorno das escolas, com a venda de drogas”, observou o capitão. Ainda segundo ele, a violência entre gangues diminuiu. “Hoje está mais tranqüilo do que há alguns anos, mas ainda existe uma certa hostilidade entre alguns bairros”, contou o oficial. Ele reconheceu que existem escolas que merecem “atenção especial”. “São algumas que ficam na periferia e os problemas acontecem geralmente no período noturno”, declarou Marques, sem revelar nomes.
“Escola é reflexo da sociedade”
Wancley Sacco, diretor da escola Modesto Tavares de Lima, afirmou que “a escola é um reflexo da sociedade e brigas acabam sendo comuns”.
Ele também acredita que o período noturno é o mais complicado, mas ressaltou que sempre que foi acionada, a Ronda Escolar compareceu. “Em virtude de chacotas e apelidos maldosos que os estudantes colocam uns nos outros, as brigas acabam acontecem, geralmente na saída”. Ainda segundo o diretor, a escola atende a muitos alunos da área rural do município.
Wancley diz que está satisfeito com o trabalho da ronda e que a escola conta ainda com o apoio de instituições e órgãos ligados à criança e ao adolescente, como o Conselho Tutelar e o Juizado da Infância e Juventude.
COMDEMA propõe atualização na Lei de Supressão Arbórea em Itapetininga
O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA) de Itapetininga está trabalhando para propor a revisão na Lei de Supressão Arbórea da cidade. De acordo com o presidente, Décio...