Após receberem o pedido de reintegração de posse na manhã do último domingo, cerca de 170 integrantes do Movimento Sem Terra (MST) desocuparam a área de preservação ambiental ao lado da Lagoa Silvana, no Bairro da Chapadinha. Os integrantes agora estão acampados no acostamento de uma estrada vicinal, no mesmo bairro. A área é considerada estratégica já que faz divisa com a Fazenda Santa Maria da Várzea – os barracos foram montados entre a estrada e a cerca da propriedade.
De acordo com o coordenador regional do movimento Joaquim da Silva, o objetivo é apressar o processo de desapropriação das terras para a reforma agrária. É a 13ª ação de despejo do grupo que desde 2003 espera a liberação da fazenda. “Estamos apenas aguardando a assinatura do presidente e não ocupamos a área ainda por causa do decreto do governo federal que proíbe a desapropriação da terra ocupada”, explica Silva.
Ao lado do novo local do acampamento existe uma subestação de energia elétrica. Crianças caminham pela estrada tranquilamente. Segundo Silva, a área oferece mais risco para os acampados do que a anterior. “Existe risco aqui, sobretudo para as crianças, mas tivemos que deixar aquele local (ao lado da lagoa) por implicância política. O movimento sofre muito com a discriminação”, afirma.
A fazenda foi vistoriada pelos técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e avaliada como improdutiva. Mas grande parcela da propriedade está sendo cultiva pelo milho. De acordo com ele, atualmente a propriedade está arrendada para vários produtores. “ O resultado da vistoria saiu há sete anos, naquele tempo a fazenda estava abandonada, ninguém cultivava nada ali. Mas depois da visita do Incra, eles passaram a plantar, mas agora não adianta” declara.
A superintendência paulista do Incra informou que o processo de desapropriação da fazenda já foi enviado para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, em Brasília, e aguarda documentação complementar.
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