Prof. Dr. Valmor Bolan – Mais uma vez estamos chocados com a notícia de que um aluno de 10 anos de idade, de uma escola pública de São Caetano do Sul atirou, dentro da sala de aula e na frente dos demais colegas de classe, em sua professora; tendo cometido suicídio, em seguida, para horror de todos. O fato demonstra a escalada da violência, em ambientes onde pensávamos até pouco tempo estarmos protegidos dela. Os especialistas começam a se indagar sobre as falhas estruturais de um sistema que tem sido incapaz de deter a violência, em expressões até então inimagináveis.
A questão é que as instituições humanas, principalmente a família, não têm conseguido cumprir mais com suas finalidades sociais, sendo asfixiadas por condicionalismos culturais, como forças anárquicas que agem dissolvendo o conteúdo que dava sustentação a tais instituições.
A família, o Estado, a Escola e as Igrejas estão vivendo hoje umas crises de fundamentos, tão grave, que não sabemos se seremos capazes de superar tal crise e reencontrar a força destas instituições, que por durante séculos deram vigor e ergueram civilizações até hoje admiráveis. O caso do aluno de São Caetano do Sul, bem como o da escola do bairro do Realengo, no Rio de Janeiro, no começo do ano, são chagas expostas de um organismo social combalido, em que muitos (alunos, pais, professores e demais profissionais do ensino) não sabem o que fazer. O fato é que estamos hoje mais vulneráveis, com um ambiente mais propício à violência, principalmente quando os meios de comunicação também se tornam, muitas vezes, coniventes com essa “cultura da morte”, na difusão de contra-valores. A violência acaba sendo alimentada por esta cultura anti-vida, manifestada nos noticiários, novela s, filmes e programas de auditório. Desde cedo, nossos adolescentes ficam expostos a um conteúdo midiático de perigosa permissividade moral, e diante de tantos apelos escapistas, sem que se leve em conta o verdadeiro valor humano da vida e da dignidade da pessoa. Daí a necessidade que temos de “purificar a razão”, com bem expressou o papa Bento XVI. Para que saibamos reencontrar um sentido de vida que contenha a violência e afirme uma efetiva cultura da solidariedade.
Cidade passa de 900 casos de Dengue em três meses
Nos três primeiros meses deste ano, Itapetininga já contabilizou 914 casos de Dengue, um aumento significativo em relação ao total de 574 casos registrados em todo o ano de 2023....