Num vai e vem de centenas de crianças, jovens e adolescentes, a volta às aulas traz um novo cenário às ruas da cidade. O número de carros, vans, motos e bicicletas também aumenta, principalmente nos horários de entrada e saída das escolas, tornando o trânsito congestionado. “Nos horários de entrada e saída é impossível passar pelas imediações das escolas. Eu só venho porque trago os meus filhos Ronnie, e Roberto, de 13 e 10 anos, mas do contrário, não dá para encarar”, declara Joyce Vieira do Amaral, mãe dos alunos.
A rotina das famílias muda, ainda mais com o clima frio que tem feito. Para quem tem de acordar cedo a dificuldade é ainda maior, pois ao amanhecer a temperatura cai bastante e sair da cama quentinha é difícil nos primeiros dias. Os uniformes sempre têm que estar limpos e passados para serem usados, implicando também em mais trabalho para as mães.
Lápis, borracha, livros e cadernos passam a fazer parte do dia-a-dia dos estudantes, que aprendem e também se divertem muito na sala de aula. “As férias são muito boas, pois tenho todo o tempo livre e não preciso acordar cedo, mas eu gosto muito da escola, das aulas e dos meus colegas, conta Daniel Augusto dos Santos, que tem 12 anos e cursa a sexta série do ensino fundamental.
Muitas histórias na bagagem dos alunos chegam às salas de aula, muitas vezes através de redações pedidas por professoras de português. “Adorei passar as férias no sítio dos meus avós. Lá eu tive contato com muitos bichos e com a natureza. Se pudesse me mudaria pra lá”, conta Anderson Lima, de 9 anos.
Maria Alice Souza Lima, 10 anos, que estuda na quarta série, conta que viajou com a família para Campos de Jordão e se pudesse ficaria em férias o ano todo. “É muito bom acordar mais tarde e poder brincar sem pensar na hora”, comemora ela.
Se a volta às aulas é tristeza para uns é motivo de alegria para outros. “Não vejo a hora das aulas voltarem, pois assim sei que meus filhos estão seguros”, desabafa Ana Maria da Costa, mãe de quatro filhos, que durante as férias deixa-os sozinhos para trabalhar.
“Aproveitar as férias é bom, mas a volta às aulas e o contato com os alunos é muito gratificante. Poder ensinar novas coisas para eles é inexplicável”, afirma Tereza Ventura, professora de Educação Física do ensino fundamental.
Vicente de Paula Santos leciona filosofia para o ensino médio e diz que há uns dez anos, as férias de julho eram de trinta dias, o que hoje não ocorre. Apenas quinze dias são concedidos aos professores, que voltam antes dos alunos para fazer o planejamento das aulas. “Dos meus quinze dias, apenas sete eu descansei, nos outros sete, fiz um curso de manhã e à tarde sobre filosofia. Tenho que aproveitar o tempo que já é bem curto”, conta ele.
O contato com o grupo, dentro classe é muito importante para o desenvolvimento da criança e do adolescente. A competição é saudável e a escola proporciona várias atividades, envolvendo inclusive disciplina com horário, por exemplo, afirma Regina Soares, psicóloga.
Itapetininga conta com 27 escolas públicas estaduais e 71 escolas e creches municipais, além de mais de dez escolas particulares e três faculdades, somando mais de 50 mil alunos. Os professores também totalizam grande número, realçando ainda mais o nome de Terra das Escolas.
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