Itapetininga enfrenta um aumento de casos de Dengue, registrando 272 novas infecções em apenas uma semana. No total, já foram confirmados 2.688 casos na cidade, além de dois casos de Chikungunya, por enquanto nenhum caso de Zika ou óbitos foram relatados.
A Dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera, porém, parte deles podem progredir para formas graves, inclusive virem a óbito. A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.
Todo indivíduo que apresentar febre (39 °C a 40 °C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno. No entanto, após o período febril deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo. Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados:
– Dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua;
– Vômitos persistentes;
– Acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
– Hipotensão postural e/ou lipotímia;
– Letargia e/ou irritabilidade;
– Aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) > 2cm;
– Sangramento de mucosa; e
– Aumento progressivo do hematócrito.
Passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação. No entanto, a doença pode progredir para formas graves que estão associadas ao extravasamento grave de plasma, hemorragias severas ou comprometimento de grave de órgãos, que podem evoluir para o óbito do indivíduo.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém indivíduos com condições preexistentes com as mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.