Mais que todas as idades, a terceira também chamada de “melhor idade”, não consegue disfarçar sua ansiedade em poder esticar o braço (esquerdo ou direito?) e sentir a salvadora picada (bem leve!) de um aparelho que contem em seu interior a substância que irá dificultar em muito que este grupo adquira o tenebroso Covid-19, pelo menos por um bom tempo (não se sabe quando ainda). E tomada a primeira dos,e espera-se a segunda (num prazo máximo de 28 dias, pelo menos não mais que isso!). Daí a terceira (idade) vai deixando de ser considerada “grupo de risco”, um termo “palavrão mesmo” que aterrorizou os chamados idosos, desde março de 2020, no Brasil. Daí, estaremos voltando a vida quase normal, desde que aja vacina para todos. Aos poucos, poderemos, nós, os mais velhos, saímos às ruas ainda com mascaras (que atrapalha nossa respiração), mas sem o mesmo temor de contaminação, como antes. O “normal” ainda irá demorar um pouco mais. Este vírus ainda é um mistério pela Medicina (apesar de conseguirmos uma vacina em menos de um ano, impossível em outros tempos).
No “normal” poderemos interagir com membros da família, relacionar com amigos e conhecidos e até permitirmos ficar numa (ainda) pequena aglomeração de humanos. Aos poucos, é verdade. Quando tudo isso for possível, a terceira (e demais idade), excluindo os jovens que não pararam suas atividades e crianças, por serem intocáveis. Poderemos voltar a circular livremente aqui em Itapetininga. Por exemplo: Frequentar os sérios espetáculos proporcionados pelo teatro do Sesi, em vila Rio Branco (que saudades!), participar dos deliciosos almoços, aos domingos, em entidades próprias como a “Associação do Bem Viver”, próxima a Itaúto, na Avenida José de Almeida Carvalho. Também assistir os saraus culturais que pontificam na cidade, participar de reuniões, frequentar restaurantes sem a rígida separação de mesas, escutar rádios e assistir televisão sem precisar ouvir e ver aquela avalanche de mortes causadas pela pandemia. Ir até as agências de viagens e escolher pontos turísticos brasileiros (no Exterior, se pudermos, pois o dólar está pela “hora da morte”).
E tantas outras coisas que deixamos de fazer. Tantas. Não foi fácil. Que os desempregados encontrem empregos. Que o auxilio emergencial, continue. É uma obrigação. E que os funcionários públicos estaduais e federais lutem por melhores condições financeiras (aumento de ordenado mesmo!) já que com a propalada “reforma da previdência”, os governos estaduais (pelo menos aqui em São Paulo) e federal diminuíram e muito, os já parcos salários do funcionalismo.