Itapetininga e “Éramos seis”

Por volta de 10 ou 11 de março do ano passado, pensei em solicitar ao presidente do Museu da Imagem e Som daqui, Roberto Soares Hungria para que o mesmo coordenasse juntamente com a Prefeitura e Câmara uma homenagem a integrantes do elenco de “Éramos seis”, a novela das 6:30 da tarde transmitida pela poderosa TV Globo, desde setembro de 2019. Como vocês, sabem nessa história, a cidade de Itapetininga era protagonista, com cenas passadas aqui (só que gravadas na Cidade Cenográfica da emissora) em quase todos os capítulos (ou todos!). Para quem não a conhecia Itapetininga ficou localizada como do interior do estado de São Paulo, do “Oiapoque ao Chuí” uma expressão muito utilizada quando queremos referir-nos ao Brasil inteiro (que é coberto pela TV Globo).

Se as cenas não eram em São Paulo eram em Itapetininga. E o roteiro da telenovela vocês devem conhecer. Baseado no livro de mesmo nome, de autoria de Maria José Dupré, nascida (em Botucatu), que também assinava Senhora Leandro Dupré, ele, engenheiro (aliás, o casal chegou a residir aqui numa casa próxima ao atual “Solar dos Rezendes”, na rua Quintino Bocaiuva. Para a narrativa da TV Globo, foi também utilizada (e muito!) a versão de Silvio de Abreu e Rubens Ewaldi Filho que fizeram em 1994 para a mesma história encenada pelo SBT, na ocasião. E tudo isso, ainda, com a adaptação da roteirista “global” Ângela Chaves.

E essa narrativa, vocês também conhecem: começa na década de 1920 quando o casal Eleonora (Lola) Amaral Lemos e Júlio Lemos (ela, a atriz Gloria Pires e ele Antônio Calloni) quando já residiam numa aprazível casa na aristocrática avenida Angélica em São Paulo. Lola, natural de Itapetininga e Júlio do Vale do Paraíba “dão duro” para pagar a mensalidade da residência comprada com muito sacrifício. O casal (agora paulistano) possuem quatro filhos: Carlos (atores: Xande Valois, criança e Danilo Mesquita, adulto), muito sério; o arteiro Alfredo (atores: Pedro Sol, criança e Nicolas Prattes, adulto), o interesseiro Julinho (Davi de Oliveira, criança e Luiz Frambach, adulto) e a intrépida Isabel (atriz Maju Lima, criança e Giulia Buscacio, adulta). Em torno desses seis personagens, o protagonismo do teledrama e comédia. E de outros personagens também, como o chamado “núcleo de Itapetininga” com os personagens: Maria Amaral mãe de Lola (atriz Denise Weinderg), Candóca tia de Lola (atriz Camila Amado) e as irmãs Clotilde (Simone Spoladore) e Olga (Maria Eduarda de Carvalho). Além, logicamente o farmacêutico itapetiningano, o impagável Zeca ou José Carlos, vivido pelo ator Eduardo Sterblitch.
Com sotaque itapetiningano daquela época, (décadas de 1920 e 1930, embora não tenha mudado muito de lá para cá). Zeca (Eduardo Sterblitch) e sua noiva e depois mulher Olga ou “Orga” (Maria Eduarda de Carvalho) e filhos dão o tom humorístico de “Éramos seis”. Um pouco caricatos, conseguem saírem bem de diversas situações. Zeca consegue eleger-se prefeito daqui derrotando o anterior que também concorria (o ator Marcos Caruso). Enquanto em São Paulo ocorriam tragédias com Lola, Júlio e filhos, as cenas de Itapetininga eram adornadas com muitas flores no jardim do lar de Maria Amaral a matriarca. A mesa para o café da manhã, almoço e jantar eram providos de alimentos fartos e diversificados, diferente dos de Lola em São Paulo, poucos e econômicos. A felicidade habitava o solo itapetiningano, tudo era festa. Cenas memoráveis: o desfile do circo recém chegado aqui e o avião pilotado por uma parente dos Amaral, em homenagem a itapetiningana Anésia Pinheiro Machado, uma das primeiras aviadoras do Brasil. Algumas cenas tristes: as batalhas da Revolução Constitucionalista de 1932 passadas nos arredores dessa cidade. “Eramos seis” terminou meio às pressas (dia 26 de março de 2020) por causa do surto de Coronavírus. Daí com a pandemia, a sugestão para trazer para cá alguns nomes do elenco “caiu por terra”. Poderia vir o “prefeito Zeca”, ou Eduardo Sterblitch, que já tinha vindo para cá antes da novela. Poderia ser até “cidadão itapetiningano”. Mas o terrível vírus impediu. Se você quiser ver ou rever cenas da novela é só ligar no Globoplay, que tem ela todinha. E caso você assista repare bem quando aparecer Itapetininga. A fachada de uma das casas é semelhante à do “Solar dos Rezendes” da Quintino Bocaiuva. A Sorocabana daqui foi gravada em Campinas, Jaguariúna e Paulínia.

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