Sem classificações

Alguns para efeito didático, e outros para destilar preconceitos, dividem a agricultura em um sem número de classificações.
A agricultura familiar tem tido um significativo número de adeptos, que, não raro, emprestam-lhe um romântico sentido de estabilidade e bem estar social. Na verdade, trata-se de exploração conduzida majoritariamente por membros de uma mesma família.
Por outro lado, os produtores do chamado Agronegócio são, em referências tão desinformadas quanto ideológicas, tidos como nababos e concentradores, desrespeitadores do meio ambiente e exploradores da mão de obra alheia. São os alvos principais dos movimentos sociais que chegam ao absurdo de criminalizarem grandes culturas, como soja, cana e eucalipto, erroneamente tidas como chagas sociais.
Tais classificações, de precária aplicação prática, não conseguem criar estratos produtivos reconhecíveis, a não ser a agroindústria e a agricultura extrativista. O gigantesco reino da agricultura abomina classificações e generalidades de fácil digestão.
No Brasil, muitas propriedades e explorações são de responsabilidade de cidadãos com profissões urbanas, como médicos, engenheiros, professores, comerciantes e aposentados em geral. Tal estrato é pródigo na geração de empregos formais, mesmo quando a propriedade é financeiramente deficitária.
Constitui, reconhecidamente, um banco genético de elevador valor, pela variedade de animais e plantas que envolve. Não raro, pratica a meação ou o consentimento para cultivos informais.
Cresce, a cada dia, o número de horticultores, extremamente permeáveis a novas tecnologias, facilmente identificáveis pelo fato de haverem trocado o chapéu pelo boné, a bota pela botina e a secular rusticidade por hábitos e conversas mais amistosas. Dedicam-se a explorações intensivas, com rebusques mercadológicos.
Cada atividade rural tem suas especificidades, com demandas e ofertas que movimentam o gigantesco e pouco monótono setor que, quase sempre, destoa das demais atividades econômicas, gerando superávits seguidos e até imprevistos. As atividades rurais, mais que a bola, fixam o homem ao campo.
O Brasil é pródigo na geração de tecnologias voltadas ao setor primário, havendo enorme e eficiente número de pesquisadores mal remunerados, sempre dispostos a sanar ou minorar os problemas que vão surgindo, em cada modalidade de exploração.
Resta, ainda, prevenir os males externos, que rondam nossas atividades produtivas, como as invasões, com flechas ou bandeiras, e a criminalidade, que rouba o sossego e o próprio futuro de muitas atividades.

Últimas

Sobrecarregadas, mulheres buscam o autocuidado

Sobrecarregadas, mulheres buscam o autocuidado

Reconhecer as pressões inúmeras pressões enfrentadas no dia a dia e priorizar o bem-estar mental é um desafio fundamental para as mulheres nos dias atuais. O autocuidado não se trata...

Procuradores municipais ganham na justiça direito de voltar ao cargo

Confira o abre e fecha durante a Semana Santa

Com a chegada do feriado da Semana Santa, os cidadãos de Itapetininga devem estar atentos às possíveis mudanças no horário de atendimento dos serviços públicos. A partir do dia 28...

mais lidas

Assine o Jornal e tenha acesso ilimitado

a todo conteúdo e edições do jornal mais querido de Itapetininga

Bem vindo de volta!

Faça login na sua conta abaixo


Criar nova conta!

Preencha os formulários abaixo para se cadastrar

Redefinir senha

Por favor, digite seu nome de usuário ou endereço de e-mail para redefinir sua senha.