Everton Dias
Em Itapetininga, aproximadamente 15 depósitos irregulares de lixo estão espalhados pelos mais diversos cantos da cidade. Do Cambuí à Vila Prado, os lixões a céu aberto sobrevivem pela falta de fiscalização, local adequado para descarte e, principalmente, educação por parte de alguns moradores. Segundo os residentes dos bairros, constantemente carreteiros, tratores e até carros de passeio despejam grande quantidade de material sem a menor preocupação nestes pontos. Os depósitos de lixo irregulares estão em bairros como Vila Sônia, Prado, Estância Conceição, Jardim Fogaça, Cambuí, Taboãozinho e Vila Piedade.
No Jardim Fogaça, as margens de quase toda extensão de terra da avenida Costabile Matarazzo estão tomadas pelo lixo. Garrafas plásticas e de vidros, sofás, restos de construções e madeira, papelão, para-brisas de carro e até mesmo animais mortos são descartados e formam a paisagem desoladora do local.
De acordo com Elias Nunes, um catador de materiais recicláveis que sempre passa pelo local, frequentemente carroceiros e até mesmo veículos param na avenida para descartar irregularmente todo tipo de material. “É uma falta de educação por parte da população. Deveriam utilizar um local certo para jogar o lixo e também separar as garrafas para não poluir e também ajudar as pessoas que vivem disso ”, afirma o catador no local onde tira o sustento da sua família.
Na Vila Prado, a reportagem encontrou outro ponto que serve há anos como depósito irregular de lixo no cruzamento das ruas Rua Dircy Campos Fontes com a Evilásio Massaine Pires. O dono de um terreno fechou o local com cerca, mas não inibiu a falta de respeito de alguns moradores que continuam despejando lixo no local.
Na Vila Sônia, um terreno ao lado dos prédios do CDHU e de uma escola estadual, acumula montanhas de entulho. É um dos locais mais críticos da cidade. A moradora Fátima Monteiro garante que não são os moradores do local os responsáveis pelo acúmulo de lixo. “Esse depósito irregular de lixo é um dos grandes problemas que enfrentamos aqui no bairro. Todos os dias pessoas de todos os cantos da cidade, principalmente carreteiros, despejam o resto de construção”, afirma. O terreno fica ao lado da escola estadual Alceu Gomes da Silva.
Na Vila Olho D’água, a situação do cruzamento das ruas Alice Salém e José Salém incomoda os moradores vizinhos. “É um terreno particular que está aberto. É falta de educação não só dos moradores, como também do poder público que não cobra para que o dono do terreno feche o local”, diz Sidnei Silva. Segundo ele, a sujeira no terreno coloca a saúde das pessoas em risco. “Sempre passo por aqui e às vezes vejo até animais mortos no terreno’, explica.
Vereador pede mais Ecoponto
O vereador Fernando Rosa Júnior (PSDB) pediu para a prefeitura a instalação de mais ecopontos para a população descartar o lixo na cidade. “Atualmente existe apenas um ao lado da Ceagesp. Como que um morador aqui da Vila Sônia vai atravessar a cidade com o lixo e entulho?”, pergunta o vereador. Segundo ele, o ideal seria a instalação de outros quatro ecopontos pelos bairros da cidade. Ele também apresentará nesta semana um projeto de lei que prevê multa para descarte de entulho em locais irregulares. O infrator ficará sujeito ao pagamento de multas que variam de R$ 1.364 a R$ 4.093 e também ter a apreensão dos veículos que esteja transportando o lixo.