Um projeto da prefeitura para ampliar a vida útil do aterro sanitário de Sorocaba, a 92 km de São Paulo, desagrada moradores de quatro bairros da zona norte. Eles reclamam dos gases e do mau cheiro e dizem que a vida útil do depósito se esgotou há vários anos. O aterro fica em área urbana, cercado pelos bairros Ibiti, Dois Corações, Chácara Bahia e Retiro São João. Apesar de saturado, continua recebendo 500 toneladas diárias de lixo. O plano da prefeitura é ganhar tempo para a construção de um novo depósito no bairro Ipatinga, zona rural do município, mas o projeto esbarrou em questões ambientais.
O pedido de licença para a ampliação encaminhado à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) prevê o uso do atual aterro por mais 16 meses. Um novo estudo está sendo feito para ampliar a utilização por um prazo ainda maior. Seriam acrescidas novas camadas ao lixo já compactado no aterro. A Cetesb analisa o estudo técnico de empresa contratada pela prefeitura que garantiria a ausência de risco de instabilidade do terreno. O funcionário público Carlos Benedito de Oliveira Souza, morador do Ibiti, considera a proposta de alto risco.
“Esse aterro já deveria ter sido fechado há anos.” Quando presidia a Associação de Moradores do Bairro, ele coordenou manifestações pelo fechamento do depósito. “A prefeitura assumiu o compromisso de encerrar em 2008, mas agora fala em ampliar. Ninguém quer que aquilo continue, pois há um risco potencial.”
De acordo com Souza, foi constatada a contaminação de cursos de água pelo chorume. “O aterro está praticamente na margem do rio Sorocaba.” A aposentada Tereza Souza, do Retiro São João, reclama dos urubus e do mau cheiro principalmente nos fins de semana. “O fedor é maior quando o lixo fica acumulado.” Ao lado do aterro funciona um ponto de extração de areia. Segundo a moradora, a água que se acumula na cava fica com cheiro de ovo podre.
A prefeitura aguarda a manifestação da Cetesb para iniciar as obras de ampliação. Também pretende aprovar o novo aterro, que recebeu parecer contrário do Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por estar em área de influência da Floresta Nacional de Ipanema. A prefeitura informou que o parecer do Ibama é de caráter consultivo.
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