Redação
Raposo Tavares
A duplicação do trecho da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) entre Araçoiaba da Serra e Itapetininga foi inaugurada no dia 1° de julho de 2014. Apesar de tecnicamente estar apta a duplicação, devido ao tráfego no trecho, bem antes disso. A concessionária CCR SPvias iniciou suas operações em 2000 e administra o lote 20 do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, uma malha rodoviária de 516 quilômetros que engloba trechos de cinco rodovias, uma delas a Raposo Tavares entre Araçoiaba e Itapetininga. Por isso, a obra era tão esperada na região. O primeiro trecho entregue em agosto de 2013 sofreu um atraso de sete meses. No cronograma apresentado à imprensa quando a obra foi anunciada, primeira etapa ficaria pronta em fevereiro. As condições climáticas e embaraços para desapropriação de áreas favoreceram o atraso. Nesta fase, a extensão entre Araçoiaba da Serra até Capela do Alto possui 17 quilômetros. As obras na malha viária tiveram o custo total de R$ 216,3 milhões. Além da duplicação de 25 quilômetros de pista, houve a implantação de cinco novas alças de acesso e retorno, reforma de outro dispositivo já existente e implantação de duas pontes. A duplicação vai do km 132,62 (Capela do Alto) ao km 158,4 (Itapetininga). Com a obra de duplicação, o trecho ganhou novas cabines na praça de pedágio do km 135, em Alambari. Conforme o contrato assinado entre o governo estadual e a concessionária no ano 2000, a empresa recebe um valor maior em pista dupla se comparado com a pista simples.
Interdição pontes
Em 2015 o trânsito de Itapetininga sofreu com as alterações causadas pela queda de duas pontes em importantes acessos. Em março, parte da Av. Salvador de Oliveira Leme, conhecida como Sarutaiá, que é a principal via de acesso pela Rodovia Raposo Tavares (SP-270) a Itapetininga, desabou. O asfalto cedeu e o barranco na lateral da via desmoronou. As chuvas contribuíram para aumentar a rachadura existente. Na época, a Defesa Civil interditou, preventivamente, 10 casas e uma escola da Vila Nova Itapetininga. O local só foi reaberto 150 dias depois do incidente e que o DER informou que era responsável pelas obras.
O trânsito na região piorou, pois também houve interdição da ponte da rua Pedro Voss. Ela foi reaberta após quase cinco meses. O custo da obra da Sarutaiá foi de R$ 2,7 milhões. Em nota assessoria do DER deixou claro, desde o início que a erosão foi ocasionada pelas chuvas do início do ano e pelo rompimento de tubos da Sabesp.
Morte prefeitos
Em 2015 a morte do então prefeito Luís Di Fiori (PSDB), que lutava contra o câncer, comoveu os moradores e mudou o rumo político de Itapetininga. Di Fiori morreu no dia 12 de novembro aos 66 anos de idade. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratamento de câncer no pâncreas.
Os rumores sobre a saúde do prefeito também marcaram o ano de 2015. Ele enfrentava um longo histórico na luta contra a doença. Em fevereiro de 2012, ano eleitoral, Di Fiori revelou que possuía câncer na próstata. Venceu a doença e também as eleições para prefeito de Itapetininga. Depois, em 4 de novembro de 2013, já no cargo de prefeito, ficou internado por 11 dias, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Em 23 de novembro de 2013, Di Fiori passou mal e novamente foi internado. Mas dessa vez, não pediu licença e passou a governar internado no Hospital Sírio Libanês. Ao longo do ano de 2014, o prefeito realizou exames complementares e sessões de fisioterapia para recuperar os movimentos perdidos na mão direita. Em maio de 2015, um novo agravamento. O quadro revelado era um câncer no pâncreas.
O empresário Luis Di Fiori (PSDB) foi eleito prefeito em 2012 com 36.994 votos. Ele era empresário do setor têxtil e da construção civil
Com a morte de Di Fiori, Hiram Ayres Monteiro Júnior (DEM) assumiu no dia 13 de novembro o cargo de prefeito de Itapetininga. Hiram sentou na cadeira de prefeito de Itapetininga no sábado, dia 14.
Em abril de 2019 a cidade se despediu de Antônio Fernando Silva Rosa, ex-prefeito de Itapetininga. O velório foi realizado na Câmara Municipal e o enterro foi no Cemitério Colina da Paz. A causa da morte não foi divulgada. Antônio assumiu a prefeitura entre 1977 e 1982. O ex-prefeito também foi vereador por diversos mandatos, desde 1973. Ele tinha 80 anos e era pai do ex-vereador Fernando Rosa.
Caso SAS / Saúde
Em 2013 no caso conhecido como caso SAS, promotores constataram desvio de dinheiro público do Hospital Regional de Itapetininga (HRI). No entanto, o Instituto Varti, que assumiu a gestão da unidade, também deixou o HRI sob fortes acusações de desvio de verbas públicas. O Pronto Socorro Municipal chegou a ser fechado. Com o rompimento com o Instituto Vida, postos de saúde e Farmácia Municipal foram prejudicados.
A investigação desencadeada pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo de Sorocaba, denunciou 61 pessoas num suposto esquema de desvio de dinheiro público no HRI. Na cidade, o processo citou nomes de políticos e empresários, entre eles, o ex-prefeito, Roberto Ramalho (PRB), o então vice-prefeito, Hiram Junior (DEM), três ex-secretários municipais, e mais pessoas, entre servidores, diretores e empresários.
A denúncia, apresentada na 2ª Vara Criminal, é resultado da investigação que apreendeu na casa de Fábio Berti Carone, cerca de R$ 1 milhão em cédulas de real e dólar. Ele é considerado um possível dono de duas entidades investigadas: Instituto SAS e SAS. A última gerenciava o Hospital Regional.
Ao contrário do SAS, que permaneceu por cinco anos, o Instituto Varti que o substituiu durou cerca de cinco meses. A entidade foi contratada no dia 23 de janeiro em caráter de emergência por 90 dias. A prefeitura repassou o valor de R$ 2, 5 milhões mensais para a entidade. Em 5 de junho, o Instituo Varti comunicou a Prefeitura de Itapetininga que deixaria a gestão. O Instituto Varti consumiu em quatro meses R$ 460 mil em consultorias.
A Prefeitura de Itapetininga assumiu, dia 6 de junho de 2013, a administração do Hospital Regional. O secretário de Saúde, Felipe Thibes Galvão, entregou nas mãos dos administradores do Instituto Varti um comunicado sobre a decisão do prefeito Luis Di Fiori (PSDB). Os integrantes do grupo Varti haviam declarado que não tinham mais interesse em operar o Hospital Regional.
Naquele mesmo ano a Sociedade Beneficente São Camilo assumiu, em 1º de agosto, a administração do Hospital Regional de Itapetininga. O contrato firmado entre a prefeitura e a instituição foi emergencial por três meses e custou R$ 9 milhões para os cofres públicos. Em 31 de outubro, o São Camilo assumiu a gestão em definitivo.
Em 2018 a prefeitura anunciou que o Hospital Léo Orsi Bernardes seria administrado pela Santa Casa de Sorocaba a partir do dia 31 de outubro. Data de vencimento do contrato com o São Camilo.
Em 2019 o caso SAS foi encerrado sem julgamento, a Justiça Federal arquivou o processo que investigava o suposto desvio de 17 milhões de reais do Hospital Regional. O juiz Federal da 1ª Vara de Sorocaba Luiz Antônio Zanluchi declarou que as provas que basearam a denúncia do Gaeco eram nulas. As interceptações telefônicas foram autorizadas pela Justiça Estadual. Mas, como envolvia verba do Sistema Único de Saúde (SUS) era de interesse da União e deveriam ter sido autorizadas pela Justiça Federal. “ No caso, as provas obtidas por meio de interceptações telefônicas, não possuem eficácia jurídica, vez que deferidas por Juiz Estadual de plantão, em questões que eram de competência da Justiça Federal”.
Depois da nulidade das provas a Justiça Federal pediu a manifestação do Ministério Público Federal que deu um parecer para o arquivamento do processo que foi aceito pelo juiz em janeiro deste ano. “Adoto, como razão para decidir, integralmente a didática exposição do MPF acerca do tema e determino o arquivamento dos autos”.
Crimes
Um dos assaltos que mais marcaram a cidade, foi o roubo ao Banco Mercantil em 2016. No dia 1° de julho, uma quadrilha fortemente armada realizou um assalto no Banco Mercantil e causou pânico no centro de Itapetininga. A ação ocorreu por volta das 11h20 desta sexta-feira, dia 1º, na agência localizada na rua Monsenhor Soares. Durante o assalto, os ladrões fizeram clientes e funcionários de reféns e conseguiram fugir levando dinheiro.
No dia 8 de outubro do mesmo ano, a Polícia Civil prendeu em Itu, o último suspeito de participar do assalto ao banco. O acusado foi flagrado em uma tentativa de roubo em um condomínio de luxo na cidade de Itu. O dinheiro ainda não foi recuperado.
Foi o décimo suspeito a ser preso pela Policia Civil de Itapetininga. No dia 13 de setembro, nove suspeitos de participarem do assalto foram presos nas cidades de Hortolândia e Campinas, Votorantim e Morte Mor. A quadrilha se preparava para mais um assalto na região de Campinas. Com a quadrilha, foram aprendidos veículos, armas e munições. No dia do assalto, os criminosos levaram R$ 735 mil da agência bancária. A quantia não foi recuperada.
Outro caso que chocou a cidade foi a morte da menina Emanuelly. Emanuelly morreu no dia 3 de março de 2018 em um hospital em Sorocaba com sinais de espancamento. Os pais alegaram que a criança havia caído da cama. Os médicos, no entanto, disseram que as lesões não correspondiam com a versão de Débora e Phelippe.
O laudo necroscópico do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a menina foi agredida várias vezes durante quase um mês e constatou que Emanuelly morreu em decorrência de um traumatismo craniano e hemorragia cerebral.
Em junho de 2019 o casal foi à júri popular e os dois foram condenados a 50 anos de prisão em penas somada pelos crimes de homicídio doloso quadruplamente qualificado por motivo fútil, cárcere privado, crime de tortura e alteração do local do crime, com qualificadoras de emprego de crueldade e pela vítima ser descendente e mulher.
Contudo, o Ministério Público entrou com recurso e alegou que havia necessidade de aumentar as penas no crime de homicídio e tortura. Em outubro A Justiça aceitou o recurso do Ministério Publico e o casal Débora Rolim da Silva e Phelippe Douglas Alves teve a pena aumentada para quase 70 anos de prisão em penas somadas.
Acidente de trânsito
A morte de Lívia Stefanny Fidélis de Freitas, de 9 anos, num acidente de trânsito comoveu Itapetininga em 2017. O acidente ocorreu na Avenida Francisco Weiss Júnior, no bairro Vila Gramado I, no dia 13 de setembro Além de Livia, outras 14 pessoas ficaram feridas, os motoristas e monitores de uma van e um ônibus escolares. A van bateu num ônibus municipal, que acabou colidindo na parede de uma residência. Não havia sinalização no local. O ônibus escolar não transportava alunos no momento do acidente, apenas o motorista e o fiscal. Lívia Stefanny Fidélis de Freitas, de 9 anos, estudava na escola municipal professora Benedita Vieira de Almeida Madalena. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local do acidente.
Em abril de 2018 o motorista do ônibus e a motorista da van escolar, envolvidos no acidente em setembro do ano passado, no bairro Gramados, foram indiciados por homicídio culposo e lesão corporal culposa, segundo a delegada titular do 2º Distrito Policial e responsável pelo caso, Valéria Murat.