Marcos Morita – O caso ocorrido com o humorista Rafinha Bastos, apresentador do programa CQC, provocou um tremendo mal estar na direção da emissora. Tamanha saia justa causou a demissão do funcionário, que no Twitter e em outras redes sociais, tem postado comentários nada lisonjeiros. Conforme notícias publicadas na mídia, seu perfil ácido já vinha incomodando seus colegas de bancada, assim como altos executivos da empresa.
Apesar da menor repercussão, houve diversos casos de funcionários que perderam seus empregos, foram preteridos a promoções, queimaram sua imagem, ficaram estigmatizados ou criaram um perfil não condizente com o cargo que ocupam. Em geral não tão famosos, muitas vezes não tem tempo ou chance de explicarem as causas de seus comentários infelizes.
Os inexperientes: estagiários e principalmente trainees confundem processos seletivos rigorosos com o dia-a-dia da empresa. Comentários sobre viagens de intercâmbio, diplomas de universidades de primeira linha e domínios de vários idiomas devem ser comentados somente quando solicitados.
Os recém-chegados: comum em funcionários que passaram longos períodos em outras instituições, os quais têm sempre na ponta da língua a ladainha: “na empresa em que eu trabalhava fazíamos assim ou assado”. Interessante nas primeiras vezes ou quando bem aplicados, tornam-se motivo de chacota entre seus pares.
Os muito experientes: este perfil é ainda comum em empresas mais conservadoras. Apesar de contrabalancearem uma reunião ou projeto, podem se tornar uma pedra no caminho, colocando obstáculos às novas ideias. Se este for seu perfil, não se surpreenda se não for convidado para reuniões importantes.
Em suma, em épocas de longas jornadas, creio que ninguém conseguiria falar somente o estritamente necessário, evitando comentários com duplo sentido ou alguma conotação negativa. O problema começa a ficar mais grave quando você é associado a algum dos perfis acima, potencializando os comentários proferidos. Apesar de não serem divulgados em rede nacional, podem ficar gravados no subconsciente de subordinados, colegas
e superiores, comprometendo sua imagem, carreira e lugar de destaque no lado esquerdo do chefe.
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