Você sabe como é feita a sua roupa, do que ela é feita, quem a faz e em que condições essa pessoa trabalha? A grande maioria das pessoas não sabe, e por isso surgiu a Fashion Revolution, um movimento ativista mundial que chegou a Itapetininga em abril deste ano. Com sete dias de ações ativistas, que acontecem simultaneamente no mundo todo, a Semana Fashion Revolution trouxe para cidade, palestras, oficinas, debates, feiras de troca e outras ações.
A proposta do movimento é fazer as pessoas e a sociedade refletirem sobre a forma que são feitas as roupas e acessórios. O objetivo é trazer pessoas e organizações para trabalhar em conjunto e mudar a maneira como as roupas são pensadas, produzidas, consumidas e descartadas.
Segundo o Instituto Fashion Revolution Brasil, uma organização da sociedade civil criada em 2018, apenas 18% das marcas analisadas no Índice de Transparência da Moda Brasil divulgam a quantidade de resíduos de pré-produção gerado anualmente.
O movimento Fashion Revolution busca maior transparência sobre o processo de produção da moda, com relação às condições de trabalho, do processo de fabricação e também sobre os materiais presentes nas roupas, quanto à origem, composição e impacto ao meio ambiente. Muitos materiais têxteis como algodão, poliéster e viscose estão frequentemente ligados a problemas socioambientais, como o desmatamento e emissão de gases que contribuem para agravar a crise climática.
O jornal Correio de Itapetininga entrevistou Cínthia Mádero, representante do movimento Fashion Revolution em Itapetininga.
Para Cínthia, a importância do movimento está na proposta de conscientização, “a gente precisa pensar numa mudança de hábitos e mentalidades sobre o universo da moda e do consumo” diz ela. Precisamos fazer do mundo da moda um lugar mais justo, responsável e sustentável, completa Cínthia.
A ativista destaca que o movimento Fashion Revolution traz uma postura necessária de responsabilidade social e com o meio ambiente. “A gente tem práticas muito negativas com relação ao trabalho desse universo da moda e quanto mais pessoas souberem disso, mais transparência a gente pode cobrar das empresas”. Outro ponto importante para Cínthia é podermos repensar a nossa forma de consumo, “não só das roupas, pois o consumo se tornou uma forma de lazer, uma forma de descompressão” conclui.
Semana Fashion Revolution 2024 / Moda de Propósito
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